Beira Mar-P. Ferreira, 0-2 (destaques)

28 abr 2002, 19:25

Beto e Marcelinho, os melhores em campo Beto esteve nos dois golos do Paços de Ferreira e evitou um do Beira Mar. Foi o melhor em campo. Marcelinho realizou igualmente uma boa exibição.

Beto, o todo-o-terreno

O médio do Paços de Ferreira esteve nos dois golos da sua equipa. No primeiro, rematou forte à entrada da área, após passe de Zé Manuel, e a bola só parou nas redes da balizada defendida por Cobra. No segundo, serviu o mesmo Zé Manuel na direita e com toda a liberdade que o extremo pretendia para matar o jogo. Nos 90 minutos, procurou sempre jogar simples e a sua equipa beneficiou muito dessa objectividade. Ainda teve tempo para, aos 51 minutos, impedir sobre a linha de golo um remate certeiro de Demétrios, que então daria o empate. Foi o melhor futebolista em campo.

Marcelinho para todo o serviço

Foi o melhor jogador do Beira Mar e um dos mais esclarecidos e abnegados sobre o relvado do Mário Duarte. O brasileiro teve a dura missão solitária - durante a maior parte dos encontros desta temporada, António Sousa apostou em dois médios de características defensivas, Levato e Luís Manuel - de tentar travar o meio-campo adversário e, na maior parte do tempo de jogo, conseguiu-o. Conduziu ainda algumas jogadas ofensivas da sua equipa, tendo oferecido a Fary, aos 45 minutos, uma oportunidade flagrante para marcar, depois de ultrapassar vários adversários em velocidade.

João Armando e Adalberto, as torres pacenses

Uma tarde de muita entrega para João Armando e Adalberto, que tiveram de adaptar-se primeiro ao estilo de jogo de Fary, muito possante, e, na segunda parte, ao de Demétrios. Os centrais jogaram sempre na antecipação, procuraram não complicar quando era essa a sua obrigação. Com o brasileiro no ataque do Beira Mar, houve momentos de alguma aflição, mas a vitória manteve-se até final.

A intermitência de Petrolina

Juninho é daqueles jogadores que se diz sempre que não sabem jogar mal. Se a exibição do brasileiro andou à volta da mediania na maior parte do tempo de jogo, nos momentos finais subiu de produção, com aberturas deliciosas para Gamboa, que passou a jogar na esquerda, e com um remate à trave (81m), após excelente combinação com Demétrios. Poucos minutos depois, viria o segundo golo do Paços de Ferreira e a arte voltaria a desaparecer dos seus pés. Na primeira parte (35m), teve uma atitude pouco correcta ao tentar agredir Paulo Sousa com um murro nas costas.

Estádio cheio, festa e emoção

Bancadas preenchidas, bom futebol em alguns momentos, emoção durante quase todo o encontro foram sinais da festa que muitas vezes anda alheia dos estádios em Portugal. Até a sensação de injustiça no resultado final deu ainda mais cor a um espectáculo que passou dos adeptos para o relvado. É certo que, nos aspectos técnicos, o jogo poderia ter sido melhor, mas há alturas em que náo se pode ter mesmo tudo.

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