Técnico cumpre um mês no banco da equipa principal do FC Porto
Nesta quarta-feira, véspera da importante visita a Sevilha, Luís Castro cumpre um mês como treinador do FC Porto. Um período que certamente terá passado a correr para o próprio, e no qual acaba por justificar um balanço positivo.São nove jogos no banco dos «dragões», somando seis vitórias, um empate (com sabor a triunfo, em Nápoles) e duas derrotas. Ambos os desaires foram sofridos na Liga, um dos quais frente ao Sporting, adversário direto, pelo que neste contexto Castro não conseguiu o objetivo de reduzir distâncias para os rivais. Pelo contrário.
A imagem dos «dragões» foi recuperada sobretudo nas provas que ainda podem ser conquistadas. Na Liga Europa, com a eliminação de um Nápoles que era favorito (sobretudo pelo momento da equipa portuguesa); na Taça de Portugal, frente ao Benfica, mais até pela exibição do que pelo resultado, uma vez que a eliminatória está a meio.
Mas para além da fria análise aos resultados há que ter em conta a forma como Luís Castro conseguiu juntar os cacos. Desde logo invertendo o meio-campo para a disposição habitual nos últimos anos, algo a que Paulo Fonseca sempre resistiu.
Castro teve também a coragem de apostar consistentemente em Diego Reyes, que continuará a cometer erros pontuais, mas integrados no processo natural de evolução de um jovem que vai dar muito dinheiro à SAD. O técnico tem também mérito na recuperação de Quintero, mesmo que o talentoso colombiano não tenha ainda lugar no «onze», e teve sobretudo a audácia de olhar para Ghilas como algo mais do que o suplente de Jackson Martínez. Entender o argelino como alguém compatível com o «Cha Cha Cha», e não apenas quando o resultado é desfavorável.
Luís Castro mostrou inteligência na forma como arrumou a casa, até pela enorme sobriedade no discurso, sobretudo na análise às exibições, mesmo quando a tendência seria procurar justificações alheias.
Com três troféus ainda no horizonte, o técnico pode até criar dúvidas na SAD relativamente ao comando da equipa em 2014/15. Mesmo que esse não fosse o plano inicial, e mesmo perante a dúvida que acompanha sempre os técnicos interinos: competente a juntar os cacos, será capaz de construir algo de raiz?
Com três troféus ainda no horizonte, o técnico pode até criar dúvidas na SAD relativamente ao comando da equipa em 2014/15. Mesmo que esse não fosse o plano inicial, e mesmo perante a dúvida que acompanha sempre os técnicos interinos: competente a juntar os cacos, será capaz de construir algo de raiz?
«4x4x3» é um espaço de análise técnico-tática do jornalista Nuno Travassos. Siga-o no Twitter.
