Até ao momento, a organização continua a acreditar que o vírus é transmitido principalmente através do contacto pessoal próximo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a investigar relatos de que o vírus Monkeypox poderá estar presente no sémen dos infetados, explorando a possibilidade da doença se poder transmitir sexualmente.
A investigação foi confirmada à Reuters por um funcionário da OMS, esta quarta-feira.
Até ao momento, a organização continua a acreditar que o vírus é transmitido principalmente através do contacto pessoal próximo. No entanto, nos últimos dias, os cientistas detetaram ADN viral no sémen de alguns infetados em Itália e na Alemanha.
Apesar disso, é relevante referir que a detecção de carga viral não implica necessariamente que esta seja uma doença sexualmente transmissível, sendo que vários são os vírus que poderão ser encontrados no sémen, como o vírus Zika. O que não se sabe é se esta presença de material genético aumenta o risco de transmissão.
"Precisamos de nos concentrar na forma mais frequente de transmissão e vemos claramente que está associada ao contacto pele com a pele", afirmou numa conferência de imprensa Catherine Smallwood, investigadora do vírus Monkeypox na Europa, acrescentando que "isto pode ser algo que desconhecíamos relativamente a esta doença".
Mais de 1.300 casos da doença foram relatados em 30 países, localizados maioritariamente no continente Europeu. Em Portugal, até ao momento, foram contabilizados 241 casos, todos em homens.