Scholz preocupado com aumento do extremismo nas manifestações na Alemanha

Agência Lusa , DCT
13 jan, 11:35
Olaf Scholz, ministro das Finanças alemão

O chanceler agradeceu ao presidente da União dos Agricultores alemã, Joachim Rukwied, por se ter “distanciado claramente dos extremistas e de certos oportunistas que proclamam apelos à insurreição e falam em 'derrubar o sistema'".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, mostrou-se este sábado preocupado com os "extremistas" que procuram explorar a agitação social na Alemanha, em particular a dos agricultores, lamentando que os apelos da extrema-direita à violência estejam a ameaçar a democracia.

"Quando os protestos, em si mesmos legítimos, se transformam em raiva ou desprezo pelos processos e instituições democráticas, todos ficamos a perder. Só aqueles que desprezam a nossa democracia beneficiarão", avisou o líder alemão numa mensagem escrita e em vídeo.

Referindo-se aos "tratores que têm bloqueado os centros das cidades, as estradas e os acessos às autoestradas" em toda a Alemanha desde o início da semana, Scholz admitiu que "os conflitos fazem parte da democracia".

“A raiva é alimentada de uma forma direcionada: os extremistas [...], incluindo através das redes sociais, desprezam qualquer compromisso e envenenam qualquer debate democrático. É uma mistura tóxica que nos deve preocupar e que também me preocupa muito", afirmou Olaf Scholz.

As manifestações dos agricultores alemães, que protestam contra os cortes nos subsídios públicos, são apoiadas em especial pelo partido de extrema-direita AfD, que está a ganhar terreno nas sondagens, enquanto numerosos grupos extremistas apelam nas redes sociais a mais ações contra o Governo de Scholz.

O chanceler agradeceu ao presidente da União dos Agricultores alemã, Joachim Rukwied, por se ter “distanciado claramente dos extremistas e de certos oportunistas que proclamam apelos à insurreição e falam em 'derrubar o sistema'".

"Isto não é apenas um disparate. É perigoso", afirmou o líder social-democrata, cuja coligação com os Verdes e os Liberais está a bater recordes de impopularidade.

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