Defesa do piloto de Kobe Bryant alega que passageiros foram negligentes

12 mai 2020, 17:52
Última homenagem a Kobe Bryant, no Staples Center, a 24 de fevereiro (AP)

Irmão de Ara Zobayan diz que todos os ocupantes do aparelho estavam a par dos riscos e que, por isso, não podem ser imputadas culpas ao piloto e à empresa

Os representantes do piloto do helicóptero que se despenhou quando transportava Kobe Bryant e uma das filhas, custando a vida a todos os nove ocupantes da aeronave, considera que o antigo basquetebolista e os restantes passageiros foram negligentes.

Na resposta à ação movida pela mulher do ex-basquetebolista contra a empresa (Island Express Helicopters) para a qual operava o piloto Ara Zobayan, o irmão deste alegou que todos estavam conscientes dos riscos que corriam a 26 de janeiro deste ano, o dia do fatídico acidente. «Quaisquer ferimentos ou danos causados às partes queixosas e/ou falecidos foram diretamente causados em parte ou na íntegra pela negligência ou culpa das partes queixosas e/ou dos seus falecidos», pode ler-se na resposta citada pelo LA Times.

Os advogados do piloto, que transportava habitualmente Kobe, entendem que os passageiros estavam, mesmo antes do início da viagem, conscientes dos riscos que corriam e que, por terem entrado voluntariamente no helicóptero, não pode ser imputada qualquer responsabilidade a Ara Zobayan, que também não resistiu aos ferimentos.

Vanessa Bryant, viúva do antigo basquetebolista, deu entrada em fevereiro com um processo por homicídio por negligência, considerando que o piloto não respeitou os procedimentos comuns de condução do aparelho, como manter a distância de segurança entre obstáculos naturais, e que não fez também uma avaliação das condições meteorológicas, que o deveriam levar a abortar o voo.

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