Plateia e Cena-STE querem que Adão e Silva responda às necessidades e combata precariedade da cultura

Agência Lusa , DCT
23 mar 2022, 22:21
Ministro da Cultura: Pedro Adão e Silva Cardoso Pereira

Associação e sindicato relacionado com a área da cultura apontam os desafios do novo ministro

A Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas considerou esta quarta-feira "necessário" que o próximo ministro da Cultura dê “seguimento ao trabalho feito para a criação do Estatuto dos Profissionais”, e que “abrace este combate à precariedade num setor fundamental”.

“Temos [ainda] outras tarefas em mãos muito urgentes e desejamos também boa sorte para essas tarefas, nomeadamente os atrasos nos pagamentos do Garantir Cultura e a urgência da abertura dos novos concursos de apoio às artes”, frisou a dirigente da Plateia Amarílis Felizes, numa reação à indicação, hoje, do sociólogo Pedro Adão e Silva para próximo ministro da Cultura.

A dirigente da Plateia expressou ainda o desejo de, “dada a relevância mediática do ministro, [que] ele tenha exigido para a aceitação do cargo um aumento das verbas do Ministério", que considerou ser "tão importante e tão urgente”.

“Para já, é isso", o que a associação avança, em reação à nomeação. "E reforçar também que estamos disponíveis para o diálogo, como sempre”, assegurou.

“Nós temos propostas, temos expectativas também”, acrescentou Amarílis Felizes, sublinhando que “é preciso reconstruir” o setor da Cultura, que ficou “devastado” devido à pandemia de covid-19.

“Desde já é importante que o [próximo] ministro da Cultura tome posição sobre as situações de precariedade laboral que permanecem em algumas instituições com financiamento público e algumas instituições públicas também”, frisou. “E para já é isso, reforçar também que estamos, como sempre disponíveis para o diálogo”, concluiu.

Já o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE) espera que as intenções do próximo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, correspondam às necessidades do setor, e que este tenha “condições políticas” para as cumprir.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou hoje, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior. O atual comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, Pedro Adão e Silva, foi indicado para substituir Graça Fonseca à frente do Ministério da Cultura.

“Não são os currículos [dos ministros] que definem as políticas, é a ação e a autonomia para isso. Se ele tiver boas intenções, esperemos que correspondam às intenções que precisamos para o setor e que tenha condições políticas para cumprir essas boas intenções”, afirmou o dirigente do Cena-STE, Rui Galveias, em declarações à agência Lusa.

O sindicato tem “esperança”, embora acredite “pouco nisso”, “que haja uma mudança do orçamento que permita que o Ministério da Cultura seja um Ministério”.

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