Comissão Técnica Independente vai indicar as oportunidades e riscos das opções para o aeroporto de Lisboa em cada fator de decisão, o que permitirá inferir quais as melhores e piores soluções
O relatório final da Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pelo estudo do novo aeroporto de Lisboa vai apontar as melhores soluções em cada um dos fatores críticos de decisão, apurou o ECO. Será essa avaliação que permitirá nortear a decisão do Governo, que será tomada no próximo ano.
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para o reforço da capacidade aeroportuária da região de Lisboa está a aproximar-se do fim. Luís Marques Mendes afirmou no seu habitual espaço de comentário na SIC que o relatório preliminar será entregue na última semana do mês. Uma informação que a CTI não quis comentar.
O documento não irá apresentar um ranking global das melhores opções de localização para a infraestrutura, como já afirmou a coordenadora da Comissão, Rosário Partidário. Vai, no entanto, apontar quais as que melhor respondem aos diferentes fatores críticos de decisão, em função das oportunidades e riscos de apresentam. Ou seja, será possível inferir quais as melhores e piores soluções para o novo aeroporto em cada um daqueles fatores.
Questionada pelo ECO, fonte oficial da CTI reiterou que não será apresentado um ranking, mas serão avaliadas “oportunidades e riscos para cada fator crítico de decisão. Tais oportunidades e riscos derivam de estudos técnicos exaustivos e consistentes, coordenados e desenvolvidos por especialistas com experiência e formação aprofundadas nas respetivas áreas de especialidade”, adianta.
A Comissão definiu cinco fatores críticos de avaliação, após um processo de consulta pública: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um destes fatores tem depois vários critérios de avaliação, que por sua vez incluem uma diversidade de métricas.
Por exemplo, na dimensão da conectividade e desenvolvimento económico serão tidos em conta critérios como a competitividade e desenvolvimento do hub, impactos macroeconómicos, capacidade de expansão aeroportuária e o resultado da análise custo-benefício. Noutros fatores serão analisadas as acessibilidades ferroviárias, rodoviárias e fluviais, necessidades de investimento, a população afetada ou a rapidez de execução.