A embarcação foi avistada ao início da manhã pelo barco de patrulha do Cormoran, serviço público francês, que iniciou a operação de resgate
O número de mortos na sequência do naufrágio de um barco de migrantes no Canal da Mancha subiu para seis e entre cinco a 10 pessoas continuam desaparecidas, segundo um novo balanço.
A embarcação foi avistada ao início da manhã pelo barco de patrulha do Cormoran, serviço público francês, que iniciou a operação de resgate.
Esta manhã seis pessoas foram resgatadas em estado grave e uma delas foi levada de helicóptero para o hospital de Calais, onde acabou por morrer, segundo um comunicado da autoridade marítima da Mancha e do Mar do Norte (Premar).
As outras cinco pessoas foram assistidas por um bote salva-vidas, mas acabaram por morrer.
A primeira vítima identificada é um homem, com idade entre 25 e 30 anos, de origem afegã.
As operações decorrem com recurso a navios franceses e britânicos e a um helicóptero.
Pelas 12:00 (hora de França, menos uma em Lisboa), permaneciam por encontrar entre cinco a 10 pessoas.
“Os meus pensamentos estão com as vítimas. Saúdo o empenho das equipas de resgate mobilizadas”, afirmou a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
Mais de 100 mil migrantes irregulares atravessaram o Canal da Mancha, que liga França ao Reino Unido, em pequenas embarcações desde 2018, segundo dados oficiais do Governo britânico.
As travessias do Canal da Mancha em pequenas embarcações, principalmente a partir de França, começaram a ser contabilizadas em 2018, após a adoção de medidas que intensificaram a fiscalização dos camiões que passam pelo porto francês de Calais e pelo terminal do Eurotunnel.
As regras mais apertadas fizeram com que os passadores optassem pela rota marítima, com os migrantes a pagarem a estas redes organizadas montantes elevados para fazer a perigosa travessia.
O Canal da Mancha é regularmente palco de naufrágios de pequenas embarcações sobrelotadas.