Holanda-México, 2-1 (crónica)

29 jun 2014, 19:52

«Espremidos» a tempo

O Mundial esteve perto de perder mais uma equipa europeia, mas a Holanda deu a volta ao marcador nos minutos finais e garantiu a passagem aos quartos-de-final. A seleção laranja demorou a entrar no jogo e esteve em desvantagem, mas depois ainda foi a tempo de «espremer» os seus recursos para garantir o triunfo, aproveitando dois lances de bola parada.

O golo decisivo surgiu já em período de descontos, na sequência de uma grande penalidade assinalada por Pedro Proença, que teve um jogo bem complicado para gerir. O México cai nos oitavos-de-final pelo sexto Mundial consecutivo.

Na primeira parte a seleção holandesa pareceu afetada pelo calor que se fazia sentir em Fortaleza (cerca de 30ºC), mas também perdida taticamente, por força das mudanças de Van Gaal. Verhaegh jogou como ala direito, Kuyt apareceu na ala esquerda e Wijnaldum a meio-campo, ao lado de Nigel de Jong, que ainda para mais saiu lesionado logo aos nove minutos, para a entrada de Bruno Martins Indi, provável futuro jogador do FC Porto.

Isto tudo fez com que a seleção «laranja» demorasse a organizar-se, perante um México mais estável, já que a única alteração foi a entrada de Salcido para o lugar do castigado Vázquez. Layún foi o mais ativo nos minutos iniciais, mas o portista Héctor Herrera voltou a estar em evidência, e aos 18 minutos esteve perto de marcar, com um remate que saiu bem perto do poste.

A Holanda fez o primeiro remate apenas aos 27 minutos, com Van Persie a aparecer solto na área, mas a bola fugiu para o pé direito, menos eficaz, e o remate saiu torto. O México respondeu pelo pé direito de Giovani dos Santos, que mesmo de ângulo apertado obrigou Cillessen a defesa com o joelho.

A equipa de Miguel Herrera foi superior na primeira parte, mas o intervalo chegou com polémica na área contrária, com Robben a sofrer duas faltas que Proença não viu.

O México escapou ao penálti mas perdeu Héctor Moreno nesse lance, por lesão. O portista Diego Reyes entrou ao intervalo e ao minuto 48 viu Giovani dos Santos dar vantagem à seleção «azteca», com um belo remate de fora da área.

Van Gaal corrigiu os próprios erros


A equipa mexicana conseguia então uma vantagem justa, mas à qual se agarrou demasiado. E ao mesmo tempo que Van Gaal reorganizada a equipa e corrigia alguns erros iniciais, aproveitando até a paragem técnica decretada por Pedro Proença na etapa complementar (na primeira parte também houve).

Ochoa foi segurando a vantagem mexicana. Até com a cabeça evitou um golo de Stefan de Vrij (57m), antes de uma «mancha» a Robben (74m).

Já posicionado à direita do ataque, o jogador do Bayern de Munique foi o grande impulsionador da reação «laranja», mas contou também com a ajuda de Huntelaar, lançado por Van Gaal para o lugar de…Van Persie.

Ao minuto 88 Robben cobrou um canto na direita e Huntelaar amorteceu de cabeça, ao segundo poste, para uma «bomba» de Sneijder. Depois, já em período de compensação, Arjen Robben foi derrubado na área por Rafa Márquez e Huntelaar garantiu o apuramento holandês da marca de onze metros.

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