Ana Seiça e o duelo decisivo com os EUA: «Os "underdogs" podem causar surpresas»

28 jul 2023, 10:03
Ana Seiça (Getty)

Central lusa confiante nas possibilidades da seleção frente à potência norte-americana

Ana Seiça afirma que no futebol «não há impossíveis», já de olhos postos no confronto com os Estados Unidos, dentro de quatro dias, que é decisivo no apuramento para os oitavos de final do Mundial feminino de 2023.

«Em teoria, não somos as favoritas, e nós temos a noção disso, mas é futebol e tudo pode acontecer. Há surpresas e, às vezes, o coletivo, a nossa força e o nosso querer, podem-se destacar», disse a central em conferência de imprensa, em que salientou a confiança em provocar um pequeno escândalo no futebol feminino:

«Muitas vezes os 'underdogs' podem causar surpresas. Vamos trabalhar a nossa estratégia e prepará-la o melhor possível, para conseguir surpreender os Estados Unidos, chegar à vitória e ultrapassar a fase de grupos.»

Apesar da qualidade do adversário, que é bicampeão do mundo, Portugal só depende de si mesmo, realçou Ana Seiça.

«Como foi dito, nós queríamos chegar ao último jogo a depender só de nós. Conseguimos esse objetivo. Temos a noção das dificuldades e o que é a potência dos Estados Unidos, mas também temos muita confiança no nosso trabalho e no crescimento que esta equipa tem vindo a ter», afirmou.

Não é ao acaso que a equipa norte-americana é a campeã em título, tendo em conta a sua qualidade individual e coletiva, de onde sobressai a capitã Alex Morgan ou Megan Rapinoe que em 2019 venceu a Bola de Ouro e Morgan ficou em terceiro. No entanto, a central lusa ‘desvaloriza’ esse facto:

«Nós olhamos para as individualidades dos Estados Unidos, mas também muito para o coletivo. Há nomes que, se calhar, pesam, mas nós entramos da mesma forma, sem olhar a nomes ou camisolas. Entramos muito focadas no nosso trabalho e no que é o nosso jogo.»

Para Ana Seiça, jogar contra «a maior potência do mundo, é uma responsabilidade, mas também é uma motivação muito, muito grande», mais ainda porque existe a possibilidade de «continuar na competição».

A jogadora do Benfica recordou ainda o jogo anterior frente ao Vietname (2-0), em que foi titular: 

«É muito importante ter a confiança do treinador e começar a titular. Dei o meu melhor em campo, mas, muito mais satisfatório, é ter conseguido a vitória e festejar os primeiros golos com as minhas colegas. É um momento muito bom, inesquecível», afirmou.

Portugal e os Estados Unidos defrontam-se na terça-feira, pelas 19h00 (8h00 em Lisboa), no Eden Park, em Auckland, em encontro da terceira jornada do Grupo E do Mundial2023.

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