A análise aos EUA: bicampeã do mundo em renovação no caminho de Portugal

31 jul 2023, 12:10
Estados Unidos-Irlanda feminino (Foto Rick Ulreich/Icon Sportswire via Getty Images)

Recordista de troféus em Mundiais conta com 14 estreantes na grande competição em 2023 e algumas baixas de peso. Guia para o que vem aí para a seleção nacional a partir das 08h00 de terça-feira, na decisão do grupo E

A dificuldade da missão para Portugal no Mundial feminino está patente no palmarés do próximo adversário, na terceira e última jornada do grupo E, na disputa pelo acesso aos oitavos de final. Na terça-feira, a partir das 08h00, a seleção comandada por Francisco Neto defronta os Estados Unidos, atual campeão em título, vencedor das duas últimas edições e recordista, com quatro títulos mundiais.

Pausa para respirar depois desta entrada, ou não fosse o estatuto das norte-americanas colocar em alta exigência a tentativa de Portugal em continuar a fazer história na primeira participação em Mundiais, ante o vencedor de 2019, 2015, 1999 e 1991, esta a edição de estreia.

Porém, Portugal vai ter pela frente uma campeã do mundo que, depois de em 2019 ter sido a primeira seleção a defender com êxito o título mundial, teve uma preparação para tentar um inédito terceiro título seguido nada linear, entre uma por vezes tumultuosa transição de gerações e uma recente vaga de lesões.

Os EUA viram-se obrigados a renovar a equipa depois de uma medalha de bronze sem brilho nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, com uma equipa marcadamente veterana, onde o seu em tempos arrebatador ataque se debateu com falta de ideias no último terço, apesar de muito tempo de posse de bola. Mas a seleção foi tudo menos um produto acabado até este Mundial: é que as campeãs de 2015 e 2019 enfrentaram questões urgentes no caminho antes de atingirem o pico na altura certa, mas essas equipas foram preparadas com meses de antecedência, o que não aconteceu para 2023.

Para a prova na Austrália e na Nova Zelândia, o selecionador Vlatko Andonovski acabou por escolher 14 estreantes em Mundiais, mais três do que em 2019. Além disso, a chegada a este Mundial foi torneada pelas dúvidas sobre a condição física de pesos-pesados como Rose Lavelle, Julie Ertz e Megan Rapinoe, além das ausências por lesões de Mallory Swanson, Catarina Macario, Sam Mewis e Becky Sauerbrunn.

Apesar da profundidade de escolhas e do talento, esta seleção apresenta-se com mais dependência de jovens valores como Sophia Smith, Trinity Rodman e Alyssa Thompson e sabem que não podem deslizar ante Portugal. Porém, este Mundial já mostrou algumas surpresas.

Os EUA partem para a última jornada com quatro pontos, os mesmos de Países Baixos, para três de Portugal e zero do Vietname. À mesma hora do Portugal-EUA, há duelo entre neerlandesas e vietnamitas.

O GUIA DOS EUA.

Relacionados

E.U.A.

Mais E.U.A.

Mais Lidas

Patrocinados