Derrota na hora da despedida
Os Países Baixos confirmaram o primeiro lugar do grupo A com um triunfo por 2-0 frente ao Qatar, na última jornada. Já a seleção anfitriã somou nova derrota na hora da despedida.
O exército do general Van Gaal não entusiasma, mas cumpre. É ordenado, competente e faz o que lhe compete, sem brilhantismo - como um regimento. A exepção é Cody Gakpo, figura dos neerlandeses nos três jogos do Mundial 2022.
O avançado do PSV - dá ideia que é no centro do ataque que rende mais - continua a ser o único capaz de ter rasgos de génio na «Laranja Mecânica» e ofuscou o regresso de Depay à titularidade. O jovem de 23 anos marcou pelo terceiro jogo seguido e igualou os feitos de Johan Neeskens (1974), Dennis Bergkamp (1994) e Wesley Sneijder (2010).
Essa foi, de resto, a melhor jogada dos Países Baixos em todo o encontro. A bola circulou por Depay, Klaassen e Gakpo até à finalização do próprio Gakpo. Porém, até ao golo marcado aos 26 minutos, já tinha ficado patente a superioridade neerlandesa.
O jogo arrastou-se até intervalo com poucos motivos de interesse. O Qatar, que entrou em campo já eliminado, esteve perto de celebrar um golo frente aos Países Baixos - Noppert por pouco não viu o remate de Hassan escapar-lhe por baixo do corpo.
Ainda sem o primeiro lugar assegurado, os Países Baixos resolveram a questão logo a abrir a segunda metade. Depois de Barsham ter impedido o golo de Depay, Frenkie de Jong marcou na recarga e atirou os qataris ao tapete.
O Qatar ainda tentou deixar uma imagem positiva até final do encontro, mas foram sempre os Países Baixos quem estiveram mais perto de marcar. Aliás, os neerlandeses viram o VAR anular um golo a Berghuis por mão de Gakpo no início do lance e ainda enviaram uma bola à trave precisamente por intermédio do médio do Ajax.
A Laranja teve sumo suficiente para a fase de grupos, veremos na fase a eliminar. Já o Qatar despede-se do Mundial 2022 sem vitórias, com sete golos sofridos e um marcado.