Nuno Borges: «Sinceramente, ainda não acredito...»

20 jan, 12:14
Nuno Borges (EPA/LUKAS COCH)

Número um nacional tornou-se no primeiro português a chegar aos oitavos de final do Open da Austrália, após derrotar Grigor Dimitrov por 3-1

Nuno Borges fez história este sábado. O número um nacional tornou-se no primeiro português a chegar aos oitavos de final do Open da Austrália, depois de ter derrotado Grigor Dimitrov por 3-1, com parciais de 6-7, 6-4, 6-2 e 7-6, num encontro que durou mais de três horas.

No final da partida, o número 69 do mundo afirmou que ainda não acredita que bateu o número 13 do ranking ATP.

«Sinceramente, ainda não acredito. Que jogo, nunca pensei chegar a segunda semana do Open da Austrália. Quem poderia adivinhar?».

Nas mesmas declarações, Nuno Borges disse que começou a acreditar que poderia derrotar o tenista búlgaro durante o terceiro set.

«Talvez no terceiro set, quando fiz o break. Pensei «Bolas, talvez consiga ganhar». Desde o início, ir jogo a jogo, set a set, continuar a jogar, testar os nossos limites. Num jogo de ténis tudo pode acontecer e o jogo de hoje demonstra isso mesmo.»

O tenista, natural da Maia, agradeceu também aos portugueses que têm marcado presença em Melbourne Park.

«Acho que estava focado no jogo. Esta atmosfera pode ser muito pesada, por isso agradeço aos adeptos. De uma forma especial, é claro, acho que nunca joguei perante tanta gente. Tenho aqui uma pessoa que me apoia desde o primeiro momento, desde o meu primeiro jogo. Só tenho a agradecer à minha equipa, aos portugueses por trazerem as bandeiras, tem sido fantástico.»

Nuno Borges disse ainda que já está a pensar no duelo com Daniil Medvedev, número três mundial, nos oitavos de final do Open da Austrália.

«O ténis dá-te confiança com as vitórias, mas é preciso seguir em frente, não dura muito isso. Temos de estar prontos para o próximo jogo. Temos de celebrar cada vitória, temos de provar dentro de campo que merecemos ganhar. Eu não diria que demoro dias a ultrapassar uma derrota, já melhorei nisso, mas ainda luto um pouco contra isso, sim.»

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