Nuno Borges: «Depois de acabar o jogo com o Dimitrov, já nem me lembrava do match point»

28 mar, 17:46
Nuno Borges (AP Photo/Alessandra Tarantino)

Tenista português concedeu uma entrevista ao podcast «1 para 1», de Pedro Pinto, onde fez ainda uma antevisão ao Estoril Open

Nuno Borges concedeu uma entrevista ao podcast «1 para 1», de Pedro Pinto, onde fez uma antevisão ao Estoril Open. O número um nacional diz que sabe que a exigência subiu depois de ter chegado aos oitavos de final do Open da Austrália e que está a aprender a viver com isso.

«Estando eu em número 1 [no ranking] português, é normal que a atenção esteja um bocadinho mais virada para mim, mas é algo com que tenho aprendido a viver. É uma boa pressão porque no fundo, o ténis é um jogo. E estou aqui para competir, e para jogar, e é por isso que adoro este desporto», começou por dizer o tenista natural da Maia.

O Estoril Open 2024 vai marcar a despedida de João Sousa dos courts e Nuno Borges não esconde a admiração que tem pela compatriota, que é, para muitos, o melhor tenista português da história.

 «Quando comecei a partilhar campo com ele na equipa da Davis, é que teve um impacto gigante. Comecei a conhecê-lo um bocadinho melhor. Já tinha jogado contra ele, mas não tinha realmente percebido a essência dele como pessoa. E para ser sincero, foi aí que percebi o quão especial ele era. Eu não conheço ninguém que queira mais ganhar do que ele. Quando entra em campo, ele parece que muda ali qualquer coisa na cabeça. Não há mais inseguranças», afirmou no oitavo episódio do podcast.

Fã de Roger Federer, mas também da força mental de Novak Djokovic, Nuno Borges recordou ainda a vitória sobre Grigor Dimitrov, que lhe permitiu chegar aos oitavos de final do Open da Austrália.

«É engraçado que depois de acabar o jogo, já nem me lembrava como é que tinha ganho o match-point. Estava tão focado em cada bola que, já não interessava mais nada. Depois, larguei-me para o chão, comecei a rir-me do género: “o que é que acabou de me acontecer?”. Foi tudo assim muito de repente. Eu estava a jogar na quarta ronda e não sabia o que estava a passar», referiu.

Por fim, o número 61 do mundo lembrou ainda o duelo com Carlos Alcaraz, número dois do mundo, em Barcelona, no ano passado.

«Foi intimidante. Eu gosto muito dele, da atitude dele. Acho que é um exemplo incrível. É tão novo e parece que já anda aqui há dez anos. Já ganhou dois Grand Slams, e desde os 18 ou 19 que está ali a roçar o número 1. Se calhar ainda não tem a consistência para ganhar ao Djokovic em termos de ranking, mas eu acho que mais cedo ou mais tarde ele vai ser aquele a abater», concluiu.

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