Andebol: «Sempre acreditei que seria possível», diz Garcia Cuesta

21 jun 2003, 19:27

Presidente da FAP queixa-se da falta de apoios O seleccionador nacional adimitiu que a sua principal preocupação era a mentalidade dos jogadores.

Portugal já está no Europeu de andebol, graças à vitória (31-25) deste sábado sobre a Noruega. Javier Garcia Cuesta, seleccionador nacional, não escondeu a satisfação com o apuramento, mas confessou que estava preocupado com a mentalidade dos jogadores.

«Trabalhámos arduamente e muito bem e todos merecem o triunfo», disse Javier Gracia Cuesta, citado pela agência Lusa. «Muitas vezes, o que está em causa não é a qualidade dos jogadores, que essa existe, mas a mentalidade. Sempre acreditei que seria possível. Coneguimos jogar em contra-ataque e mesmo que o primeiro jogo não nos tenha corrido bem, hoje tudo foi diferente», afirmou.

Pela parte dos jogadores, Luís Gomes mostrou alguma surpresa com os lugares vazios no pavilhão de Caminha. «Sinceramente estávamos à espera de mais assistência e o que conta são os que cá estiveram e esses ajudaram-nos a vencer», referiu. «Sentimos sempre grandes dificuldades, mas felizmente tudo correu bem», acrescentou.

Carlos Ferreira, guarda-redes da selecção e uma das grandes figuras do encontro, realçou a importância do resultado conseguido pela equipa. «Este jogo foi muito importante para o País. Assim como deviam ser as competições europeias e o campeonato português», disse. «A minha exibição não é o mais importante, porque o que conta aqui, é o esforço colectivo», afirmou.

Por seu lado, o presidente da Federação de Andebol de Portugal, Luís Santos, quis realçar a falta de apoios à equipa por parte do Estado. «Somos a única modalidade que consegue presenças em fase finais e estes jogadores não têm tostãodas entidades nacionais. A selecção feminina está nas mesmas condições», queixou-se. 

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