O procurador solicitou 15 anos de prisão, disse o seu advogado, Gerardo Gonzalez
O jornalista e antigo aspirante presidencial da Nicarágua, Miguel Mora, foi considerado culpado na sexta-feira por atentar contra a "integridade nacional", após um julgamento à porta fechada, disse o seu advogado.
O julgamento de Mora foi realizado numa prisão de Manágua, El Chipote, onde se encontram a maioria dos 46 opositores detidos no ano passado antes das eleições presidenciais ganhas por Daniel Ortega pela quarta vez consecutiva.
O procurador solicitou 15 anos de prisão, disse o seu advogado, Gerardo Gonzalez.
Esta é a sexta condenação desde que os julgamentos contra os opositores detidos na Nicarágua começaram a 1 de fevereiro.
Miguel Mora, 53 anos, foi o diretor do canal privado 100% Noticias, que foi muito ativo na denúncia da repressão dos protestos anti-governamentais em 2018.
Mora tinha manifestado a sua intenção no ano passado de concorrer à presidência da Nicarágua pelo Partido da Restauração Democrática (PRD), um dos três principais partidos da oposição, nas eleições de 07 de novembro, mas a sua candidatura foi cancelada pelo tribunal eleitoral.