Michel Germani é acusado de planear e coordenar o roubo na própria joalheria como forma de enganar a seguradora em mais de dois milhões de euros
Michel Elias Germani é um conhecido joalheiro de Sydney com um percurso notável, ou não tivesse já criado peças para a princesa Diana, para Elizabeth Taylor e para a família real saudita. No entanto, a última criação não foi tão apreciada: terá encenado um assalto à própria loja. A farsa não foi imediatamente descoberta, mas o empresário acabou por ser acusado de planear e coordenar o roubo na própria joalheria como forma de enganar a sua seguradora em mais de dois milhões de euros.
De acordo com o Guardian, o suposto crime aconteceu em janeiro. Germani, de 65 anos, disse à polícia que tanto ele como a sua funcionária foram ameaçados por dois homens com uma arma branca que se fizeram passar por clientes na sua loja. A dupla apontou uma faca ao funcionário, exigiu acesso ao cofre, amarrou os pés e mãos do dono da joalheria e fugiu com uma grande quantidade de joias.
Entretanto, há um mês, duas pessoas, Shanel Tofaeono e Mounir Helou, foram presas pelo envolvimento nesse roubo. Mas depois do interrogatório a polícia percebeu que existia ali alguma coisa que “simplesmente não fazia sentido”, disse um membro das autoridades aos jornalistas.
Depois disso, nesta segunda-feira, a polícia prendeu Germani alegando que o roubo não passou de uma farsa. Um dia depois, o suspeito enfrentou o tribunal local de Downing Center, na cidade australiana, tendo a polícia alegado que ele estava envolvido no “planeamento e coordenação do roubo e tentativa de fraude a uma seguradora”.
A polícia disse à imprensa que a funcionária, que foi ferida no ataque, estava "absolutamente traumatizada" e não tinha conhecimento do alegado plano.
“Foi ameaçada com violência e com uma faca, foi amarrada com braçadeiras nos pés e nas mãos… Ea acreditava que era um roubo genuíno”, assegurou.
Germani foi acusado de roubo agravado e privação de liberdade de uma pessoa, tentativa de obter vantagem financeira desonesta por engano, publicação de material falso ou enganoso para obter propriedade e participação num grupo criminoso e contribuição para atividades criminosas.
O joalheiro não fez nenhum pedido de fiança e foi-lhe exigido que comparecesse no tribunal para uma revisão da fiança na quinta-feira.