Milhões de contactos do WhatsApp postos à venda: as implicações e como defender-se

4 dez 2022, 16:23
WhatsApp (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)

Utilizador de fórum de piratas colocou à venda no mês passado quase 500 milhões de contactos de utilizadores da plataforma, o que pode colocar mais gente à mercê de esquemas de fraude

A 16 de novembro, um utilizador não identificado de um fórum de piratas informáticos colocou à venda uma base de dados com contactos de 487 milhões de utilizadores do WhatsApp provenientes de 84 países, o que representa quase 25 por cento da totalidade dos números registados na aplicação.

Egito, Itália e Estados Unidos encabeçavam a lista com mais utilizadores, cada um deles com mais de 30 milhões de números expostos, enquanto Portugal surgia sensivelmente a meio da lista, com 2.277.361 utilizadores, o equivalente a 1/5 da população nacional.

A pedido do site de segurança cibernética Cybernews, o pirata partilhou uma amostra com cerca de mil números recolhidos no Reino Unido. Números que ficaram comprovados pertencerem a utilizadores ativos da plataforma. A Meta, proprietária da aplicação e dona também das redes sociais Facebook e Instagram, relativizou a situação: disse que as alegações eram baseadas em capturas de ecrã não fundamentadas e refutou a existência de provas definitivas de que os dados tenham sido recolhidos por terceiros.

A exposição de números e nomes de milhões de pessoas pode até não acarretar consequências diretas, mas indiretamente poderá ser usada com objetivos de fraude e roubo de identidade por parte de hackers.

«Vamos começar a receber ainda mais comunicações de marketing, em que nos tentam vender produtos ou serviços que são, muitas vezes, fraudulentos», disse, citada pela CNN Portugal, Elsa Veloso, advogada e especialista em Privacidade e Proteção de Dados.

Além disso, esquemas como phishing, smishing e vishing poderão tornar-se ainda mais frequentes e levar a que mais pessoas revelem dados confidenciais. Por isso, é cada vez mais importante ter-se em atenção a origem dos links no quais clicam os utilizadores e os dados pessoais que se inserem em sites e/ou plataformas e que podem permitir que telemóveis e diversos tipos de contas, entre as quais bancárias, possam ser acedidas por piratas.

Leia tudo sobre este tema e os conselhos dados por especialistas em CNN Portugal.

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