Media Capital entra na guerra pelo controlo da Cofina

ECO - Parceiro CNN Portugal , Carla Borges Ferreira
11 jul 2023, 14:49
Cofina

O grupo liderado por Mário Ferreira quer avançar para a compra da Cofina e, em comunicado enviado à CMVM, diz-se disposto a oferecer mais de 75 milhões, o valor do MBO liderado por Luís Santana.

A Media Capital (grupo do qual a CNN Portugal faz parte) mantém o interesse na compra da Cofina. Em comunicado, o grupo “assume o compromisso de participar no processo de alienação do referido ativo que venha a ser promovido pela Cofina, organizado em modelo de leilão ou outro, e desde que pautado por regras objetivas e transparentes, mediante a apresentação de uma proposta que atribui à Cofina Media um entreprise value superior a 75 milhões de euros”, diz na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Setenta e cinco milhões de euros, recorde-se, foi a avaliação da Cofina prevista na oferta formalizada no final de junho pelo grupo de investidores liderado pelos administradores da empresa, e que tem Cristiano Ronaldo como um dos principais acionistas, como revelou o ECO/+M.

“A Cofina Media confirmou esta sexta-feira à noite ter recebido a 27 e 28 de junho uma 'oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente', para a aquisição da totalidade do capital, subscrita pelos administradores da empresa, Ana Dias e Luís Santana, e por Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”, dizia o grupo liderado por Paulo Fernandes também em comunicado enviado à CMVM na noite de 30 de junho.

“A proposta prevê um preço calculado considerando um enterprise value de 75 milhões de euros, sujeito a condições e ajustamentos”, adiantava o comunicado.

O grupo liderado por Luís Santana tinha proposto um prazo de cinco dias para a avaliação da proposta, o que foi negado. “Na presente data, a Cofina encontra-se numa fase preliminar de avaliação da proposta e do preço oferecido, tendo já comunicado aos proponentes que o prazo de cinco dias úteis por estes proposto para decisão da Cofina revela-se insuficiente”, prosseguia o grupo, que solicitou um "prazo de 60 dias prorrogáveis unilateralmente tendo em conta critérios de razoabilidade e na medida do necessário”.

No rescaldo destas informações, as ações da Cofina estiveram a disparar 17,99% na bolsa de Lisboa esta terça-feira, para 44,6 cêntimos. As negociações já estiveram interrompidas momentaneamente devido ao mecanismo de segurança da bolsa que é acionado quando há grande volatilidade.

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