Marta Temido destaca que procura tem sido grande, especialmente no dia 30 de novembro, e reflete sobre ação do setor não lucrativo para ajudar na resposta
A ministra da Saúde, Marta Temido admitiu esta sexta-feira um “estrangulamento” na oferta de testes que realçou ser temporário.
Reconhecendo a grande procura por testes antigénio, especialmente no dia 30 de novembro, a ministra da Saúde sublinhou que se espera uma reposição do stock de testes e que as dificuldades ao seu acesso sejam atenuadas “com o passar dos dias”.
Questionada sobre se existirá um alargamento na comparticipação dos testes, Marta Temido sublinha que está a analisar a situação, lembrando que há 760 farmácias que aderiram ao protocolo e mais de 180 laboratórios.
“Estamos perante um conjunto de pressões que estamos a analisar e que vamos procurar responder”, disse, ponderando o envolvimento de atividades do setor não lucrativo para ajudar nesta resposta.
Temido afirmou que Portugal está a enfrentar uma fase de crescimento de número de casos e estima uma duplicação do número de casos a cada cerca de 20 dias.
"Hoje os números também serão na ordem de grandezas daquilo que foi ontem (na quinta-feira, Portugal registou mais 2898 casos de infeção)", afirmou.
Um dia depois de a CNN Portugal avançar a existência de 338 surtos em escolas (mais de metade da totalidade dos surtos em solo continental), Marta Temido coloca os olhos na discussão sobre a vacinação das crianças, ressalvando que a realidade é essa por as crianças não terem sido ainda inoculadas.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recebeu na quinta-feira a posição do grupo de peritos em pediatria e saúde infantil por causa da vacinação contra a covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos e divulgará oportunamente as recomendações.
Em comunicado, a DGS recorda que o processo de avaliação da vacinação contra a covid-19 das crianças dos 5 aos 11 anos “está ainda a decorrer” e que a Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19 (CTVC) está a analisar as informações recebidas do grupo de peritos em pediatria e saúde infantil, assim como “outros documentos relevantes para a elaboração das recomendações”.
