Estado de prontidão é maior nas lanchas e navios patrulha, mas muito menor nas fragatas, corvetas e submarinos
Só um terço dos principais meios de combate da Marinha portuguesa (fragatas, corvetas e submarinos) estão disponíveis. Os dados oficiais a que o Exclusivo da TVI (do grupo da CNN Portugal) teve acesso revelam que apenas nas lanchas e navios patrulha a maioria dos meios da Marinha se encontra disponível.
Para fazer tudo aquilo que seria necessário, a TVI apurou que a Marinha precisa de mais 30 milhões de euros por ano do que aquilo que tem recebido do Governo.
Dos 33 navios da Armada nacional, sete são navios hidrográficos ou veleiros (como o histórico navio-escola Sagres) e não entram para as contas em caso de guerra.
Os navios patrulhas, patrulhas oceânicos e lanchas são ao todo 17 e 11 estão a navegar ou disponíveis em caso de necessidade num prazo máximo de 5 dias.
Um desses patrulhas oceânicos considerado como disponível é o Mondego onde há uma semana 13 militares se recusaram a acompanhar uma embarcação russa por alegada falta de condições para navegar.
A lista oficial consultada revela, contudo, que os meios com mais falhas são aqueles que têm maior capacidade de combate. Ou seja, apenas uma das duas corvetas está operacional, apenas duas das cinco fragatas são consideradas prontas e nenhum dos dois submarinos que entraram ao serviço da Armada em 2010 estão neste momento disponíveis.
Recorde-se que as duas corvetas portuguesas foram construídas na década de 1970 há cerca de meio século.
As cinco fragatas são de construção mais recente (início da década de 1990), mas mesmo assim o nível de prontidão para navegar é baixo havendo o caso da Fragata Vasco da Gama que está parada há mais de cinco anos.