Covid-19: Marcelo afirma que Natal será como Portugueses "quiserem"

2 dez 2021, 12:46

Marcelo apelou ainda a uma época festiva de "abertura e bom senso". Presidente da República não esclarece qual será a posição de Portugal se os países comunitários avançarem com a vacinação obrigatória, mas pede antecipação a essa conversa

Já em tempo de preparação para a quadra natalícia, Marcelo deixou um aviso em Estrasburgo. O Natal será de “abertura e de bom senso”, mas só se os portugueses continuarem a aderir à vacinação e a respeitar o distanciamento social e o uso da máscara.

Se continuarem [a vacinar-se] e a aderir e respeitarem as regras sanitárias, terão um Natal que é de abertura e bom senso. É este equilíbrio que é fundamental”, disse numa sessão de homenagem ao antigo presidente francês, Valéry Giscard d'Estaing.

O Presidente da República voltou a insistir que Portugal está no topo da vacinação e é constantemente alvo de elogios por parte de outros países da Europa, como França e Alemanha. Países que, descreve, “sentem que precisam de mais”.

Sobre a nova variante, Marcelo realça que é preciso esperar por novos estudos conhecidos nas próximas semanas e sublinha a importância dos países rejeitarem a narrativa de “mundo bom e mundo mau”, ou seja, aqueles que se vacinam rapidamente e aqueles que não têm acesso a vacinas”. Marcelo destaca ainda que, em períodos de crise as pessoas ficam egoístas.

 

Marcelo: "Se vamos ficar à espera da vacinação obrigatória, avancemos nós de forma espontânea"

O Presidente da República analisou ainda o debate posto em curso na União Europeia sobre a vacinação obrigatória e sublinhou que Portugal se deve adiantar a essa conversa.

Se vamos ficar à espera da vacinação obrigatória, avancemos nós com a vacinação espontânea, voluntária, massiva que temos tido. Mais vale prevenir do que remediar e, ao avançarmos, estamos a antecipar aquilo que outros países ainda demoraram tempo a discutir”, disse.

Questionado sobre se não nega que essa medida seja elaborada em Portugal, Marcelo afirmou que não se irá pronunciar sobre essa matéria, pelo menos durante o dia de hoje dedicado ao tema da vacinação.

Falando aos jornalistas em Estrasburgo, o Presidente da República afastou a necessidade de declarar o Estado de Emergência, evoluindo da atual situação de calamidade e perante a previsão de que o país possa vir a ter cerca de oito mil novos casos de infeção no período do Natal.

Aliás, sobre este possibilidade, Marcelo destaca mesmo que oito mil casos por dia “estaria aquém do que tínhamos há um ano e, sobretudo, com uma grande diferença: há um ano não se testava o que se testa hoje".

"O que interessa é o número de internados, o número de cuidados intensivos e o número de mortes", realçou.

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