Há cerca de uma semana, por ocasião da celebração do 42.º aniversário do início da Guerra das Malvinas, Milei afirmou que o seu governo tem um "rumo claro" para recuperar o território, na posse dos britânicos desde 1833
O presidente argentino Javier Milei está a fazer da reconquista das Ilhas Malvinas, território no Atlântico Sul administrado pelo Reino Unido, uma das principais bandeiras do seu mandato.
Numa entrevista ao canal online Neura, Milei disse mesmo que o executivo argentino já deu o "primeiro passo" para tal, o acordo para a instalação de uma base militar dos Estados Unidos na província da Terra do Fogo.
"O que aconteceu no outro dia foi o maior ato de soberania dos últimos 40 anos porque, ao instalar uma base militar em Ushuaia (cidade na Terra do Fogo), reforça a nossa reivindicação da Antártida. É o primeiro passo para começar a pensar na recuperação das Malvinas", afirmou o líder argentino.
Há cerca de uma semana, por ocasião da celebração do 42.º aniversário do início da Guerra das Malvinas, Milei afirmou o que o seu governo tem um "rumo claro" para recuperar o território, na posse dos britânicos desde 1833.
"Não é por acaso que pouco ou nada se avançou na reivindicação das nossas ilhas: somos, depois de décadas, o primeiro governo a tomar conta da situação e que tem um rumo claro para ser um país verdadeiramente próspero e soberano", disse Milei, que considera a soberania argentina das Malvinas como "não negociável".
Não é claro como o presidente argentino pretende recuperar o território. Em 1982, um dos seus antecessores, Leopoldo Galtieri, tentou recuperar as ilhas por via da força – e falhou redondamente. Britânicos e argentinos lutaram pelo território durante pouco mais de dois meses, de abril a junho desse ano, num conflito no qual 649 soldados argentinos foram mortos e mais de 11 mil foram capturados, uma humilhação para o governo de Buenos Aires.
