O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos depois de descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, quando, ao sair do espaço aéreo da Malásia e entrar no do Vietname, alguém na cabine desligou manualmente o sistema de comunicações
O ministro dos Transportes da Malásia comprometeu-se este domingo a retomar as buscas pelo avião da companhia aérea Malaysia Airlines, cujo misterioso desaparecimento com 239 passageiros a bordo completa dez anos este mês.
“Farei todo o possível para obter provas, assinar um novo contrato com a Ocean Infinity (uma empresa de exploração do fundo do mar) para que as buscas possam ser retomadas o mais rapidamente possível”, disse Anthony Loke, durante um evento com familiares das vítimas nos arredores de Kuala Lumpur, segundo a agência Bermana.
A agência noticiosa estatal referiu que, no evento, Loke prometeu tentar convencer o resto do Governo a retomar as buscas ao voo MH370, uma reivindicação antiga dos familiares desde que a última tentativa foi suspensa em 2018.
Loque afirmou perante cerca de 200 familiares das vítimas que convidou a empresa de robótica norte-americana Ocean Infinity, especializada na exploração do fundo do mar, para apresentar uma proposta.
O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos depois de descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, quando, ao sair do espaço aéreo da Malásia e entrar no do Vietname, alguém na cabine desligou manualmente o sistema de comunicações e o sinal do ‘transponder’ foi perdido.
Pouco depois, o avião, um Boeing 777, mudou de rumo manualmente - não mecanicamente ou no piloto automático - fazendo uma curva acentuada à esquerda e voltando para sudoeste sobre a península da Malásia, antes de virar novamente e sair finalmente da zona de radar.
Segundo a investigação oficial, o avião voou por mais cerca de seis horas em direção ao Oceano Índico até supostamente ficar sem combustível e cair na água.
O satélite de comunicações britânico Inmarsat3 – estacionado sobre o Oceano Índico – registou intermitentemente sinais do MH370 até ao suposto acidente, quase 2.000 quilómetros a oeste da cidade australiana de Perth.
Na investigação, as autoridades consideraram a possibilidade de se tratar de um ato terrorista ou suicídio de um passageiro ou de um tripulante, mas não encontraram quaisquer provas a esse respeito.
As provas disponíveis são até agora 27 peças recuperadas nas praias da Reunião, Moçambique, Ilhas Maurícias, África do Sul e na ilha de Pemba (Zanzibar), sendo que apenas três delas pertencem “com certeza” ao aparelho.