"Devia ter dito ao presidente": Lloyd Austin pede desculpa por não ter informado Biden sobre tratamento do cancro

CNN Portugal , BCE
1 fev, 16:13
Joe Biden e Lloyd Austin (Getty Images)

O secretário da Defesa dos EUA disse ter ficado "chocado" quando soube do diagnóstico e que o seu primeiro instinto foi manter essa informação "em privado"

O secretário da Defesa dos EUA reconheceu esta quinta-feira que não esteve bem ao não informar o presidente norte-americano sobre o seu tratamento para o cancro da próstata.

"Não lidei bem com isto. Devia ter informado o presidente sobre o meu diagnóstico", declarou Lloyd Austin naquela que foi a sua primeira conferência de imprensa desde que foi hospitalizado.

Lloyd Austin, que está de regresso ao trabalho depois de ter sido hospitalizado no início de janeiro por complicações relacionadas com uma cirurgia a que foi submetido em dezembro para tratar um cancro na próstata, disse ter ficado "chocado" com o diagnóstico e que o seu primeiro instinto foi "mantê-lo em privado".

Assim, o secretário da Defesa dos EUA, de 70 anos de idade, omitiu a informação sobre o seu estado de saúde ao presidente Joe Biden e os funcionários da Casa Branca e do Pentágono só souberam que Austin estava a lutar contra uma doença grave três dias após a sua hospitalização.

Uma vez que os chefes do Pentágono devem estar disponíveis a todo o momento para lidar com qualquer crise de segurança nacional, Lloyd Austin pediu desculpa aos colegas e aos norte-americanos por ter mantido a informação em segredo.

"Por norma, não falo sobre as conversas que mantenho com o meu chefe, mas posso dizer-vos que pedi desculpa diretamente ao presidente Biden e disse-lhe que lamento profundamente não o ter informado imediatamente que tinha recebido um diagnóstico grave e que estava a receber tratamento", adiantou o responsável.

Quando Joe Biden soube da hospitalização, através da comunicação social, disse aos jornalistas que Lloyd Austin cometeu "um lapso" ao ter omitido a informação, mas assegurou que mantém a confiança no seu secretário de Estado da Defesa.

Lloyd Austin diz agora que aprendeu com esta situação que "aceitar este tipo de trabalho significa perder alguma privacidade". "O povo americano tem o direito de saber se os seus dirigentes enfrentam problemas de saúde que possam afetar a sua capacidade de desempenhar as suas funções, mesmo que temporariamente", afirmou.

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