E se Messi jogasse por Espanha? Não foi por falta de lembrança

11 nov 2015, 15:34
Iniesta, Mascherano e Messi no Espanha-Argentina

Del Bosque revela tentativa de convencer o então jovem jogador do Barcelona

Vicente Del Bosque revelou que a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) tentou convencer Léo Messi a jogar por Espanha, quando o jogador do Barcelona era jovem, mas que o craque argentino se manteve sempre «firme» em representar a Argentina.

O selecionador espanhol disse que a tentativa surgiu quando Messi apareceu pela primeira vez na equipa do Barcelona e comentou que o fenómeno da troca de jogadores a nível internacional não pode ser ignorado pelas federações.

Um caso de sucesso nestas trocas foi o de Diego Costa e Del Bosque gostava o processo de Messi tivesse tido o mesmo desfecho. «Existiu a tentativa de fazer isso na altura, mas ele decidiu ficar com o seu país de nascimento. Manteve-se firme», disse ao  The Independent.


Messi veio para Barcelona aos 13 anos, estreou-se aos 16 e aos 18 fez a sua primeira internacionalização. O astro argentino jogou com a base da geração espanhola que venceu tudo, mas a fidelidade que demonstrou ao seu país de origem fez com que Messi não tivesse feito parte desses títulos, como Del Bosque queria.

Esta revelação surge nas vésperas do jogo entre Espanha e Inglaterra, no qual Diego Costa irá encontrar o seu companheiro Gary Cahill caso jogue. Na seleção espanhola, o avançado naturalizado não tem tido muito sucesso com um golo em nove jogos e exibições abaixo das expectativas.

Em Espanha, muitos consideram que esta naturalização não foi benéfica, mas Del Bosque continua a dizer que foi uma boa «aquisição» e recordou o dia em que falou com o jogador do Chelsea, na altura a representar o Atlético de Madrid.

«Diego Costa não é um problema para nós. O futebol é universal. Eu não penso que um jogador possa comprometer o estilo de uma equipa. Nós temos jogadores no meio que são bons com a bola e precisamos de avançados que criem espaço, que saiam das marcações e comprometam os defesas e isso é algo que Costa faz», defendeu Del Bosque.

O hispano-brasileiro já tinha representado o Brasil em amigáveis que a FIFA considerou serem não oficiais e por isso permitiu a troca. «Este é um fenómeno ao qual não podemos virar costas. Não podemos fingir que ele não existe», diz o selecionador.

Outro jogador na  Roja 
que tem dupla nacionalidade é Laporte, do Athletic Bilbao. O defesa até representou a França nos sub-21, mas o facto de ter sido ignorado por Deschamps deixou o jogador à mercê de Del Bosque que não hesitou: «Se ele quer jogar por Espanha, nós gostaríamos de lhe dar as boas vindas. Ele é um jogador de top e um dos melhores defesas da Liga Espanhola».

Ayemeric Laporte nasceu em França, mas desde os 15 anos que está em Bilbao, o que lhe permite optar pela seleção espanhola.

Del Bosque mostrou-se favorável às naturalizações de jogadores e concluiu: «Isto acontece com muita frequência. Vemos os jogadores a vir de fora de Espanha e não sabemos quando chegará o próximo Messi ou o próximo Ronaldo. Podem ser jogadores que cheguem aqui apenas à procura de um futuro melhor».

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