V. Guimarães-FC Porto, 0-1 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio D. Afosno Henriques
21 jan 2023, 22:36

Fogacho de João Mário faz a chama do dragão no D. Afonso Henriques

Bastou um fogacho, sem grande chama, para fazer o dragão passar no D. Afonso Henriques com um triunfo pela margem mínima (0-1) no último fôlego de Vitória e FC Porto na primeira volta do campeonato. Um golo de João Mário, grande golo, nos descontos da primeira parte, fazem os azuis e brancos continuar na perseguição ao duo da frente.

Os dragões fizeram o suficiente para vencer perante um Vitória em crise, um triunfo de serviços mínimos, mas inquestionável face a um adversário que somou o oitavo jogo sem vencer num momento em que transborda fragilidade.

O FC Porto subiu ao relvado do Estádio D. Afonso Henriques a quatro pontos do segundo lugar e a oito da liderança, depois de Sp. Braga e Benfica terem feito a sua parte durante a tarde. No onze azul e branco, com duas mudanças comparativamente com o triunfo sobre o Famalicão, saltou à vista Pepe. O central voltou a ser titular, algo que não acontecia desde 4 de outubro.

João Mário indicou o caminho

A realidade é que, mesmo com este cenário, o FC Porto até tentou entrar mandão e pressionante no jogo. Conseguiu-o, em certa medida, teve maior iniciativa e dominou territorialmente, mas ia faltando capacidade para encontrar o caminho da área de Bruno Varela.

Um lance estudado aqui, uma bola para ali e várias tentativas de procurar a profundidade – sem sucesso – iam sendo presa fácil para um Vitória organizado e que ia mostrando competência, ainda que não se aventurasse muito em manobras ofensivas.

Entre várias paragens, vários jogadores com queixas e uma primeira metade pachorrenta, João Mário tratou de, no último lance antes do descanso, indicar o caminho aos dragões. Numa segunda bola, servido de cabeça por Otávio, o lateral direito beneficiou da escorregadela de Afonso Freitas para encher o pé e fazer um grande golo. Remate cruzado, em jeito e em força, a entrar junto ao poste.

Vitória sem norte, Porto perdulário

O golo num momento crucial do jogo teve o seu peso para a segunda metade. Claramente num mau momento, o Vitória sentiu obrigação de ir atrás do prejuízo, mas faltava capacidade para ter bola, argumentos para pôr em sentido um último reduto portista que talvez esperasse mais dos vimaranenses.

Nessa toada, o conjunto de Conceição controlou o jogo, nunca se expondo e com cautelas que provavelmente o jogo não pedia. Aqui e ali, a exemplo do que aconteceu na primeira metade, eram os dragões que construiam lances de perigo. Ou seja, o Vitória nunca conseguiu encontrar o norte mesmo estando em desvantagem, e um Porto perdulário deixou que o jogo se arrastasse com a diferença mínima até ao apito final.

Os azuis e brancos dobram o campeonato a cinco pontos do líder Benfica e a um ponto do segundo classificado, o Sp. Braga, seguindo numa série de quinze jogos sem perder. O Vitória somou o oitavo jogo sem vencer, tendo sido ultrapassado pelo Arouca na tabela pelo Arouca. Um cenário que fez com que se vissem lenços brancos na bancada.

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