Sporting multado em 3.190 euros por confrontos entre adeptos e polícia

20 dez 2022, 22:36

Episódio ocorreu no encontro de outubro, com o Casa Pia, quando os agentes intervieram no topo sul. CD destaca «confissão integral e sem reservas» dos leões

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) multou o Sporting em 3.190 euros devido à intervenção policial que marcou o encontro entre os leões e o Casa Pia, a 22 de outubro, a contar para a 10.ª jornada da Liga.

O organismo remete para o artigo do regulamento das competições da Liga, que se prende com «agressões graves a espetadores e outros intervenientes», bem como aponta para os deveres ínsitos do clube de Alvalade enquanto promotor do espetáculo e, consequentemente, responsável pela promoção da ética desportiva.

Além disso, o CD detalha que a decisão surge também «em virtude da confissão integral e sem reservas» dos acontecimentos por parte dos leões.

«A 20.12.2022 a Relatora decidiu julgar procedente, por provada, a acusação e consequentemente, condenar a Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD, pela prática de uma infração p. e p. pelo artigo 182.º, n.º 2 [Agressões graves a espetadores e outros intervenientes] do RDLPFP, por violação dos deveres ínsitos nos artigos 35.º, n.º 1, alíneas a), b), c), e o) do RCLPFP, no artigo 4.º do RPV [Promoção da ética desportiva], e no artigo 6.º alíneas b), c), d), g) e p) do mencionado RPV [Deveres do promotor do espetáculo desportivo], constante do Anexo VI do citado RCLPFP, na sanção de multa de 3.190,00€ (três mil cento e noventa euros)», refere a nota.

Recorde-se que, após o rebentamento de artefactos pirotécnicos atrás da baliza de Adán e algumas cadeiras a voar, a polícia «varreu» o topo sul, onde se localizam as claque leoninas, no Estádio José Alvalade.

Enquanto decorria a intervenção musculada da polícia, o jogo prosseguiu normalmente. Os ânimos só serenaram alguns minutos depois, altura em que a polícia deixou a bancada e os adeptos leoninos, que se refugiaram junto às bocas de saída da bancada e no topo do primeiro anel do estádio, voltaram a ocupar os lugares.

Mais tarde, o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública especificou a operação de segurança e revelou que, duas horas antes do início da partida, foi realizada uma operação de fiscalização, com a colaboração da ASAE e da Polícia Municipal, na sede da claque Juventude Leonina.

O comunicado faz alusão à intervenção na bancada e também a uma das tarjas exibidas que segundo a PSP tinha «teor ofensivo para as forças policiais».

«De modo a preservar a integridade física de todos os espetadores, em risco com o lançamento os foguetes, foram acionadas para a bancada equipas de polícias, visando cessar tais comportamentos bem como retirar as tarjas e intercetar os infratores», esclarece o Comando Metropolitano, referindo depois um segundo momento quando «a normalidade havia sido reposta» e os adeptos do Sporting naquele setor começaram a arremesar cadeiras na direção dos polícias. Foi aí que houve uma intervenção mais musculada, refere-se, «com o uso da força necessária à situação em concreto».

Note-se ainda que o Sporting também já havia sido multado em onze mil euros por comportamento incorreto do público, sendo que 1.500 euros dizem apenas respeito à exibição de tarjas e 9.500 são pelo uso de material pirotécnico.

Também esta terça-feira, o CD multou o FC Porto em 6.120 euros, por infrações na utilização da aparelhagem sonora, assim como Fernando Saul, Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) dos portistas e speaker do Estádio do Dragão, em 1.224 euros.

Estes castigos ocorrem na sequência de um processo disciplinar, após queixa do Sporting face ao jogo entre as duas equipas em agosto, que os dragões venceram por 3-0.

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