Sporting-FC Porto: vice do CA diz que golo de Paulinho devia ter sido legal

4 jan, 21:15
Nuno Almeida mostra vermelho direto a Pepe no Sporting-FC Porto (MIGUEL A. LOPES/Lusa)

João Ferreira analisou os lances de arbitragem do clássico

O vice-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, João Ferreira, considera que o golo de Paulinho na vitória do Sporting frente ao FC Porto, anulado por uma falta prévia de Daniel Bragança, devia ter sido validado.

Em declarações à SportTV, no programa que em se divulgam os áudios do VAR, Ferreira defendeu que «faltou uma evidência forte» para invalidar o lance.

«Falta aqui uma evidência forte, o jogador do Sporting joga a bola, claro que toca no defensor é um lance discutível mas para anular um golo tem de haver evidência maior. Parece-nos a nós que a melhor decisão deveria ter sido validar o golo», disse, sobre o lance que daria o 2-0 aos leões.

O diálogo entre o árbitro, Nuno Almeida, e o VAR nesse lance:

VAR: Nuno, sugiro que venhas à zona de revisão porque não há fora de jogo mas há uma falta na fase de ataque.

Árbitro: Na área?

VAR: Aqui, está?

Árbitro: Falta atacante..

VAR: Vou-te dar também do outro. O jogador não está em fora de jogo... Há esta falta antes.

Árbitro: Ou seja, não há fora de jogo, mas há uma falta antes... Ah, ok..
(Para jogadores): Isso são maneiras de falar? Têm necessidade disto?

Decisões acertadas na expulsão de Pepe e no golo anulado a Gyökeres

Já sobre a expulsão de Pepe, por agressão a Matheus Reis, João Ferreira afirmou que Nuno Almeida tomou a decisão correta.

«Pepe já tinha cartão amarelo e os árbitros sabem que muitas vezes tentam provocar o segundo amarelo ao adversário. [Nuno Almeida] desprezou o contacto. Tiago [Martins] está muita tento e detectou que há um gesto deliberado, mão fechada. Não houve outra hipótese senão chamar Nuno Almeida para dar cartão vermelho direto.»

O diálogo entre o árbitro, Nuno Almeida, e o VAR nesse lance:

 

VAR: Nuno, Nuno. Daqui VAR.

Árbitro: Diz Tiago.

VAR: Sugiro que venhas à zona de revisão para analisar uma conduta violenta. O Pepe é empurrado, depois tem uma reação e dá um soco na cara do defesa. Tem a mão fechada.

Árbitro: Certo, Tiago. Para mim não tenho dúvidas. A reação é desnecessária. Conduta violenta.

VAR: O Matheus Reis também empurrou o Pepe antes.

Árbitro: A conduta do Matheus Reis não considero amarelo. Ao passar põe lá as mãos. Põe lá para trás outra vez isso. Deixa, deixa... Ok!

Por último, João Ferreira também defendeu que Nuno Almeida acertou ao anular o segundo golo a Gyökeres, por falta ofensiva de Eduardo Quaresma.

«O trabalho do VAR está limpo de realização. Ficou logo convencido que havia falta no lance corrido. Foi à procura do contacto. Rasteira de forma imprudente, comete infração e vai ganhar, porque beneficiar depois com o controlo de bola e o cruzamento para a área. Optou por chamar o Nuno Almeida, e bem, para que o golo fosse cancelado», argumentou.

O diálogo entre o árbitro, Nuno Almeida, e o VAR nesse lance:

VAR: Nuno, daqui VAR. Sugiro que venhas à zona de revisão por causa de uma falta na fase de ataque. O jogador quando passa por trás do defesa rasteira-o e impede-o de continuar na jogada e depois vai ganhar vantagem disso a disputar a bola.

Árbitro: Ok.

VAR: Aqui. Pára. Aqui é o contacto. Agora vou por o movimento e dar uma câmara aberta.

Árbitro: Ok.

VAR: Rasteira-o e impede-o que vá disputar o lance.

Árbitro: Estou totalmente de acordo contigo. Falta. Vou reverter a decisão.

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