Sp. Braga-Gil Vicente, 1-0 (crónica)

Sérgio Pires , Estádio Municipal de Braga
16 abr 2023, 20:10

«Guerreiros» não desarmam e o arraial não tem fim à vista

Entram os bombos e as concertinas, os cavaquinhos e os Zés Pereiras, os galos de Barcelos, o vinho, os rojões e o caldo verde. Este domingo foi tarde de romaria minhota. Milhares acorreram ao Municipal de Braga para o duelo com o vizinho Gil Vicente e no final o triunfo sorriu à equipa da casa.

O Sp. Braga continua a pressão ao FC Porto, que está a dois pontos no segundo lugar que dá acesso direto à Liga dos Campeões, e agora encurtou para seis pontos a distância para o líder Benfica, que ainda vai defrontar nesta reta final da Liga.

Uma motivação enorme para uma equipa que não se assume como candidata, mas que soma a quinta vitória nas últimas seis jornadas – intercalada com um empate frente ao campeão.

Esta tarde, o Gil Vicente entrou melhor e até chegou a marcar, mas 65 centímetros anularam o golo a Fran Navaro, que no final do jogo voltaria a ver um golo – o que seria do empate – invalidado por 15 centímetros. Já agora, os arsenalistas também tiveram direito ao seu tento anulado, um autogolo de Marín, por 30 centímetros.

O 4-2-3-1 de Daniel Sousa encaixou bem no dos arsenalistas até meio da primeira parte. A partir daí, a equipa de Artur Jorge reagiu e passou a dominar até ao intervalo. 

Ricardo Horta encontrou o caminho da baliza aos 30 minutos de jogo, numa combinação com Bruma, e a avalancha na Pedreira não parou. Bruma, Abel Ruiz, Iuri, o capitão Ricardo e o seu irmão André visavam a baliza contrária e esbarravam quase inevitavelmente em Andrew, que voltou a fazer uma grande exibição.

É muito por mérito do jovem guarda-redes brasileiro de 21 anos que o Gil se agarrou à partida e discutiu o jogo até final.

Ao intervalo, o Sp. Braga já quase triplicava os remates dos barcelenses (14-5) e no final do jogo este registo acabou precisamente no dobro (20-10).

A perder, o galo gilista abriu asas. Murilo e Marlon ameaçaram enquanto tiveram pernas e, quando deixaram de ter, Bilel e Kevin entraram para o assalto nos 15 minutos finais.

Os «Guerreiros» aí tiveram de resistir. Apelaram ao pragmatismo e já com Pizzi em campo tentaram gerir mais do que ir em busca do golo da tranquilidade. Acabou por nem ser preciso.

Perante mais de 18 mil espectadores – a quarta melhor assistência da época para a Liga –, que acorreram a esta romaria domingueira, o apito soou e o vermelho e branco transbordou em festa no cinzento da Pedreira.

Esta equipa de Artur Jorge não desarma. Este arraial não tem fim à vista.

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