Luís Freire: «Tivemos critério e, mesmo com dez, podíamos ter ganho»

Ricardo Jorge Castro , Estádio do Bessa, Porto
30 mar, 21:11
Luís Freire no Arouca-Rio Ave (PAULO NOVAIS/Lusa)

Boavista-Rio Ave, 0-0 (reportagem)

Declarações do treinador do Rio Ave, Luís Freire, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após o empate ante o Boavista (0-0), em jogo da 27.ª jornada da I Liga:

[O que faltou para vencer:] «Jogar 11 para 11 até ao fim ajudava. Na primeira parte começámos a sofrer um canto perigoso, pelo Reisinho. A partir daí, a equipa assentou jogo, conseguiu construir bem. Nem sempre definimos bem, numa das poucas jogadas de perigo o Boateng atira de cabeça. O Boavista praticamente não criou perigo. Tínhamos mais bola, mas não conseguimos desequilibrar. O Boavista, nem contra-ataque, nem em organização, conseguia desequilibar.»

«Tivemos duas contrariedades, o Amine e o Josué substituídos em períodos diferentes da primeira parte, quebra-nos o ritmo muitas vezes. Lançámos o Joca mais cedo no jogo, o planeamento teve de ser modificado. No entanto, entrámos muito bem na segunda parte, com capacidade de chegar mais vezes e de ligar. Temos um golo falhado pelo Joca à entrada da área. Começámos a chegar mais vezes, com mais perigo, bola parada, livres e até à expulsão fomos claramente superiores e estávamos por cima.»

«A expulsão aparece, nós fizemos 21 faltas, o Boavista fez nove. Penso que diz da nossa agressividade no jogo e também diz que, se calhar, podíamos ter as faltas mais equilibradas. Penso que houve muitas faltas em que fomos penalizados. Acabámos por ter o Boateng expulso e limitou-nos na perspetiva da abordagem mais ambiciosa. Mesmo assim, tivemos critério com dez, conseguimos pôr em prática o nosso jogo ofensivo, defensivamente mantivemo-nos estáveis contra uma equipa que começou a lançar jogadores para a frente e só nos últimos cinco a seis minutos é que abdicamos um pouco dessa construção mais apoiada e já não conseguimos ter tanta energia para conseguir ter bola. Um ponto num campo difícil, mesmo com dez podíamos ter, com um bocadinho mais de sorte, podíamos ter ganho.»

[O que diz para futuro a resposta às várias contrariedades neste jogo:] «Tenho um grupo trabalhador, unido, disciplinado, muito envolvido também com esta moldura humana do Rio Ave. Com os adeptos todos a puxar por nós [ndr: foram cerca de 1.200 no Bessa, que partiram em 18 autocarros de Vila do Conde] é impossível outra atitude. O Tanlongo entrou a frio, o Renato [Pantalon] entrou a frio, mas foram aquecer dentro do campo e ajudando a equipa. A equipa foi inteligente na forma como foi gerindo e o que me agradou mais foi a vertente ofensiva. Mesmo com dez, não nos desequilibrámos e conseguimos jogar o jogo pelo jogo com o Boavista. Isso diz-me que, 11 para 11, no próximo jogo, acredito que podemos ganhar. Falta a vitória para podermos sair da posição em que estamos e, se calhar, ficarmos numa posição mais justa perante o futebol que temos praticado.»

[Lesões de Josué Sá e Amine:] «Vão ser avaliados, ainda não sabemos nada.»

Relacionados

Patrocinados