Sentença do caso de agosto de 2011 vai ser conhecida a 21 de março
O Ministério Público pediu esta segunda-feira a condenação do adepto do Benfica que confessou ter agredido o árbitro Pedro Proença com uma cabeçada, no Centro Comercial Colombo, em agosto de 2011.Nas alegações finais, a magistrada do Ministério Público revelou que o arguido confessou a agressão e as injúrias mas também disse que «não se conseguiu esclarecer» se Pedro Proença provocou o suspeito antes de ser agredido, uma vez que foram apresentadas versões contraditórias: o árbitro garante que não ofendeu verbalmente o arguido, enquanto este diz que só agrediu o árbitro depois de Pedro Proença ter ofendido a sua família.
Sabe quanto gastou Proença no dentista após a cabeçada no Colombo?
Sónia Carneiro, advogada de Pedro Proença, pede uma «pena exemplar» para o ex-militar de 35 anos de forma a prevenir novos incidentes e a defender a «comunidade dos árbitros».
Por seu lado, a advogada do adepto do Benfica, Ana Campos Forte, alegou que o seu constituinte «confessou parcialmente» os factos, pedindo que o mesmo seja apenas condenado por um crime de ofensas à integridade física simples em vez de ser qualificada, e defendeu a sua absolvição do crime de injúrias.
Além disso, a advogada diz que existem atenuantes em relação à agressão. «O arguido assumiu ter praticado a agressão e mostrou-se arrependido. Nunca teve intenção que a situação descambasse e houve algo, a troca de palavras, que levou a que tivesse aquela atitude. O facto de o assistente ter ofendido a família do arguido não é razão para a agressão, mas justifica e atenua a ilicitude da sua conduta», frisou Ana Campos Forte.
O arguido está acusado de um crime de injúrias agravado e de um crime de ofensas à integridade física qualificada. Pedro Proença reclama uma indemnização próxima dos oito mil euros, sobretudo por despesas de saúde. A leitura da sentença ficou marcada para 21 de março.
