P. Ferreira-Marítimo, 0-1 (crónica)

Vítor Maia , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
28 out 2022, 22:17

Lanterna amarela

Céu sombrio, carregado de nuvens negras. O cenário era desolador para Paços de Ferreira e Marítimo, ambas equipas sem vitórias e com apenas dois pontos no último lugar da tabela à entrada para a 11.ª jornada.

Chuchu Ramírez deu o primeiro triunfo e novo fôlego aos insulares na Liga 2022/23. A equipa madeirense continua a dar sinais de retoma enquanto os castores continuam a deslizar para um buraco cada vez mais profundo.

O Marítimo entrou bem melhor que o Paços de Ferreira e fez mais para chegar ao golo. No fundo, pareceu o conjunto mais consciente do que tinha de fazer. E por isso ganhou com justiça, sublinhe-se.

No primeiro quarto de hora houve oportunidades junto das duas balizas. Chuchu Ramírez obrigou Jordi a defesa apertada enquanto Matchoi viu Trmal negar-lhe o 0-1 – foi a melhor oportunidade dos pacenses em todo o encontro.

O Marítimo assumiu a bola e as despesas da partida, embora sem criar mais nenhuma oportunidade de golo. Acabou por ser a bola parada a ditar as diferenças: a execução de Xadas foi excelente e a finalização de Chuchu Ramírez não ficou atrás. 0-1.

O futebol é um jogo de emoções. É impossível os jogadores dos castores, em desvantagem, abstraírem-se do momento delicado que vivem. Por isso, sentiram o golo sofrido e tardaram em reagir de forma acutilante à adversidade. Por outro lado, os madeirenses tiveram uma oportunidade claríssima para fechar o jogo. A jogada foi sensacional, começou em Trmal e acabou com a perdida de Vidigal na cara de Jordi.

O intervalo fez ao Paços. Os pacenses ressurgiram de cara lavada e com outra agressividade ofensiva. Logo a abrir, Matheus Costa cortou um remate perigoso de Antunes e Trmal aplicou-se para travar o pontapé de Nigel Thomas. Matchoi tentou «à bomba» sem eficácia.

O Marítimo retraiu-se perante o crescimento do adversário e apenas ameaçou ou de bola parada ou em pontapés de meia distância. Nem Xadas, nem André Vidigal e muito menos Beltrame foram capazes de superar Jordi.

José Mota foi alterando a equipa e introduziu homens de ataque. A ousadia do técnico poderia ter resultado no empate não fosse a defesa de Trmal a cabeceamento de Butzke. Foi o canto do cisne para o Paços, a única equipa sem triunfos para amostra no campeonato.

Relacionados

Patrocinados