José Mota: «Sei perfeitamente que sou o pior treinador da Liga»

Vítor Hugo Alvarenga , Estádio do Dragão, Porto
5 nov 2022, 20:56

FC Porto-P. Ferreira, 4-0 (reportagem)

José Mota, treinador do Paços de Ferreira, comentou desta forma a goleada sofrida no reduto do FC Porto (4-0), em encontro referente à 12.ª jornada da Liga 2022/23:

«Tínhamos preparado uma estratégia para este jogo, conhecemos os muitos pontos fortes deste FC Porto. Quando preparamos uma estratégia e depois sofremos um golo aos três minutos, fica difícil. Reagimos bem, tivemos uma excelente oportunidade, não conseguimos concretizar e a partir daí começa um desacreditar dos próprios jogadores. Para agravar a situação, ainda tivemos de fazer uma substituição por lesão. Se uma equipa que está na nossa posição tem de ser quase perfeita para conseguir pontos no Dragão, essa perfeição deixou de existir. Em três ou quatro situações na primeira parte, o FC Porto marcou três golos.»

O que mudou para a segunda parte: «Ao intervalo, ainda tentámos mexer, até porque tínhamos jogadores com dificuldades físicas. Até entrámos bem, mas o resultado estava feito, o FC Porto sabe gerir os ritmos de jogo, sabe quando deve impor um ritmo de jogo mais forte ou movimentar mais a bola, chegou ao 4-0 em mais um lance infeliz. Devíamos ser mais agressivos no momento defensivo. De qualquer forma, foi um jogo em que muitas vezes dividimos, em que tentámos ter posse de bola, embora nem sempre com perigo. Hoje os meus jogadores tentaram e com este caminho conseguiremos mais facilmente chegar às vitórias.»

Qual é a fórmula para dar a volta à situação? «Isto só tem uma saída, é vencermos os jogos. Sei perfeitamente que sou o pior treinador da Liga, porque estou em último lugar. Como faço para ser melhor? Tenho de conseguir vitórias, trabalhar e conhecer o grupo cada vez mais para darmos a volta a esta situação. Em outras situações, conseguimos dar a volta e a minha convicção é essa. Vamos ter uma paragem que vai ser muito importante, mas antes disso teremos um jogo importantíssimo com o Vizela, que temos de vencer.»

P. Ferreira fez menos faltas que o FC Porto: «Ao intervalo, falei disso com os meus jogadores, tínhamos três faltas. Fazer três faltas num jogo com o FC Porto é muito pouco. Fazer menos faltas que o adversário, ser menos agressivo que o adversário, sujeitamo-nos a que o FC Porto controle o ritmo do jogo, a posse de bola, e domine o jogo. É esse um dos aspetos em que temos de evoluir. Não há nenhuma equipa que ganhe se não for agressiva, no bom sentido. O futebol joga-se com inteligência, agressividade.»

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