«Deitámos tudo a perder com a entrada em falso na segunda parte»

Vítor Maia , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
26 fev 2023, 20:48
P. Ferreira-Boavista (RUI MANUEL FARINHA/LUSA)

As explicações de César Peixoto após a derrota do Paços de Ferreira na receção ao Boavista (3-1)

César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa do estádio Capital do Móvel, após a derrota por 3-1 na receção ao Boavista, em jogo da 22.ª jornada da Liga:

«Na primeira parte faltou-nos presença na área, mais chegada dos médios à área e faltou-nos os extremos tentarem ganhar mais vezes a frente aos laterais contrários. O Jordan pediu a bola muito no pé nos primeiros 20 minutos e não tanto entre linhas. Depois mudou a forma de receber e a partir daí, criámos mais situações. Ele teve, inclusive, um remate perigoso no qual o Bracali fez uma grande defesa.

Deitámos tudo a perder com a entrada em falso na segunda parte. Queríamos pressionar mais alto o Boavista e tornar a equipa mais agressiva, mas o terceiro golo condicionou o que tínhamos projetado. Quem entrou, entrou muito bem, ajudou a equipa a criar situações e a ir para a frente. Marcámos e tentámos fazer o 3-2 para depois, tentarmos o empate. A vitória do Boavista é justa, mas penso que pela diferença de apenas um golo seria ainda mais justo. O Boavista foi mais eficaz, marcou quando criou oportunidades.

Sabíamos que o Boavista é uma equipa forte nas bolas paradas ofensivas, tem jogadores grandes e que são muito agressivos. Fizeram dois golos dessa forma e condicionaram-nos. Há que continuar a trabalhar.

A primeira parte foi equilibrada. O Boavista foi mais eficaz, marcou de bola parada e saiu na frente ao intervalo. Tentámos corrigir algumas situações para a segunda parte, mas tivemos uma entrada em falso. A equipa não se encontrou e sofreu novo golo, um grande golo do Gorré. Durante dez minutos a equipa perdeu-se um pouco fruto da situação que não é fácil. Era importante não sofremos para irmos para cima do Boavista e tentarmos o empate. Mas os golos que sofremos quase de seguida ditaram o resultado final.

A equipa voltou, depois do 3-0, a ter alma, carácter, a trabalhar e a lutar. Marcámos, criámos outras situações e fomos à procura do 3-2 para depois tentarmos o empate. Foi uma entrada em falso que não podemos repetir.

Não mexi ao intervalo porque bastava alterar algumas peças para tornar a equipa mais agressiva na pressão. Falámos também ao intervalo em criar outros posicionamentos com bola que nos tornassem mais agressivos. Mas a entrada em falso condicionou todo o pensamento. Depois acho que mexemos bem, a equipa foi mais agressiva, foi para a frente e teve presença na área. Não está em causa do adversário, mas os números são exagerados.»

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