Marítimo-Arouca, 1-1 (crónica)

Raul Caires , Estádio dos Barreiros, Funchal
23 out 2022, 17:47

Arouquenses aprofundam crise maritimista

Ainda não foi desta que o Marítimo venceu na I Liga. Os madeirenses voltaram a adiantar-se no marcador, ainda na primeira parte, mas um erro defensivo deu ao Arouca uma bela oportunidade para fazer o empate 1-1 que aguentou ao final do encontro da 11.ª jornada do campeonato.      

Se o Marítimo vai continuar último, com os mesmos dois pontos que o Paços de Ferreira, já o Arouca, que não perde há quatro jogos, mantém-se confortável no 10.º lugar, agora com 13 pontos.   

Não foi preciso esperar muito tempo para ver boas aproximações às duas balizas. Mas coube ao Marítimo criar as melhores ocasiões e chegar ao golo aos 13 minutos, numa transição rápida desenhada quase toda ao primeiro toque. Em zona de decisão, Beltrame atirou uma ‘bomba’ que o guardião Arruabarrena defendeu para a frente, deixando o esférico a jeito para a recarga de André Vidigal.

O extremo do Marítimo voltou a estar em evidência aos 25, quando à entrada da grande área ficou muito perto de assinar um grande golo, num lance individual. O Arouca perdia muitas bolas, era pouco eficaz na pressão alta e conseguia criar perigo na meia distância.   

Pouco depois da meia hora, Vidigal voltou a protagonizar um novo lance que deixou o Arouca em sobressalto, mas a bola ganha pelo português ao guardião Arruabarrena não foi bem aproveitada por Joel Tagueu, que livre de marcação tentou o remate em força em vez procurar um chapéu que teria sobrevoado uma linha defensiva montada para colmatar a ausência do guardião uruguaio.

A defesa arouquense passava por maus momentos, tremendo em demasia, e evidenciava muitas dificuldades para apresentar soluções para ameaçar as redes à guarda de Matous Trmal. Os verde-rubros, mais serenos e objetivos, chegaram a festejar o 2-0, aos 41, mas o tento de Vidigal foi anulado por fora de Joel de Tagueu. 

O jogo corria de feição aos madeirenses, mas uma incrível desatenção de Matheus Costa, perto do grande círculo, deixou a bola para Antony Alves. O brasileiro meteu o turbo na direção da baliza e após driblar Trmal, só teve de encostar para 1-1, despejando um autêntico balde de água gelada sobre o ‘Caldeirão’.

No final da primeira parte, a estatística apontava para um duelo equilibrado, mas o jogo mostrou um Marítimo mais ofensivo e que merecia ir para o descanso na frente do marcador.

A tranquilidade que a equipa de João Henriques exibiu até ao golo do empate desapareceu no erro de Matheus Costa, e esta alteração no estado anímico dos madeirenses tornou-se ainda mais notória nos primeiros minutos da etapa complementar. Aos 50, Antony só não fez o 1-2 porque Trmal, após ser driblado, conseguiu recuperar a tempo. 

Sete minutos depois, Alan Ruiz obrigou o guarda-redes do Marítimo a assinar nova grande defesa, na sequência de um remate forte e colocado desferido à entrada da grande área.    

Entre dois lances, o árbitro Manuel Oliveira assinalou uma grande penalidade a favor do Marítimo, mas o lance foi anulado após o juiz da AF Porto consultar as imagens do VAR. 

O Arouca foi assinando os melhores lances de perigo junto da área dos madeirenses, que apenas aos 66, por intermédio de Joel Tagueu, conseguiram incomodar Arruabarrena. Na reta final, o Marítimo arriscou mais, mas a equipa de Armando Evangelista raramente facilitou, apesar de ter apanhado um grande susto aos 90+6, quando cruzamento de Vidigal foi ter à cabeça Chucho Ramírez, que atirou ligeiramente ao lado.

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