Boavista-Nacional, 0-1 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Bessa, Porto
9 fev 2021, 21:01

Football, Bloody Hell!

O filme a preto e branco acabou em tons de azul claro. O Nacional triunfou no Bessa e agudizou o momento delicado do Boavista na Liga.

O resultado poderia, ainda assim, ser distinto. Os axadrezados mereciam-no pelo que fizeram até aos 75 minutos, momento em que Javi Garcia foi expulso e hipotecou as hipóteses da sua equipa resgatar o que quer que seja do encontro.

O Boavista produziu, porventura, a melhor primeira parte da era Jesualdo Ferreira. A ideia da pantera era simples: pressionar à saída da área adversária e sair rápido pelos corredores laterais. No entanto, os axadrezados mostram capacidade para jogar apoiado, circular, enfim, de fazer o que os insulares habitualmente fazem.

Foi, por isso, com naturalidade que o Boavista criou situações para marcar de bola corrida. Yusupha, por duas vezes, falhou duas excelentes situações – uma delas com Piscitelli fora da baliza. Além disso, teve três boas oportunidades na sequência de lances de bola parada.

O Nacional, que esta noite equipou de azul claro, mostrava dificuldades claras para sair a jogar desde a sua área tanto por más decisões como por passes errados. O melhor que os insulares fizeram em quarenta minutos foi um remate de Gorré contra Devenish.

Apesar do desconforto no encontro, o conjunto madeirense foi bafejado pela sorte. Num livre de Thill, Nuno Santos marcou na própria baliza e deixou o marcador em 0-1 ao intervalo.

O Boavista sentiu o golo sofrido e respondeu de forma ténue no arranque do segundo tempo. Além de uma arrancada individual de Sauer, a pantera teve uma bola ao ferro por Javi García. O futebol foi cruel com a equipa de Jesualdo, sublinhe-se.

Com o resultado como almofada de conforto, o Nacional acabou por conseguir ter bola, pregar alguns sustos a Léo Jardim, enfim, gerir o ritmo da partida. O Boavista agarrou-se ao coração e esse foi, quiçá, o maior erro. Lutou muito, suou a camisola, mas somou más decisões – com a expulsão inexplicável de Javi à cabeça - e só numa falha de Piscitelli ameaçou o empate.

Football, Bloody Hell!

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