Ricardo Soares: «O nosso foco não é a Europa, não vale a pena»

Bruno José Ferreira , Estádio do FC Vizela
13 fev 2022, 23:03
Ricardo Soares no Tondela-Gil Vicente (Nuno André Ferreira/Lusa)

Vizela-Gil Vicente, 0-1 (reportagem)

Declarações de Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa do Estádio do Vizela, após o triunfo (0-1) frente ao Vizela:

«O grande respeito que tivemos pelo Vizela, porque sabíamos que íamos encontrar uma equipa com uma agressividade positiva muito boa, com um ambiente que faz ver estádio da Liga, juntamente com a entrada fortíssima que o Vizela tive, essa nossa humildade e personalidade ficou bem patente, uma equipa humilde, respeitadora a conseguir colocar em prática o plano de jogo. Sabíamos que iam ser quinze minutos difíceis para nós. A partir daí voltámos ao nosso jogo, o nosso conforto, começámos a jogar, fizemos golo e tornou-se mais fácil. Na segunda parte fomos uma equipa altamente personalizada e acabamos por vencer com justiça uma equipa com muita qualidade».

«A nossa equipa é jovem, mas cresceu muito e entende muito bem os momentos do jogo. Queríamos entrar fortes, mas estávamos preparados para a entrada do Vizela. Por mérito do Vizela não entrámos como queríamos, mas como grande equipa que somos conseguimos ler o jogo. Na segunda parte o Vizela, uma das boas equipas do campeonato, que não se verga, entrámos bem, tivemos um momento em que o Vizela esteve por cima. Mas, a minha equipa não se enerva por nada porque sabe o que tem de fazer em campo. Fomos felizes, tivemos personalidade, mas o empate também não espantava ninguém».  

«Realço os nossos adeptos, a quem tenho de dirigir uma palavra, assim como os adeptos do Vizela. Quando abraçamos esta profissão é por ambientes destes, como o de hoje, que lutamos. O jogo de hoje, o ambiente no estádio, é de ressalvar. Temos de valorizar cada vez mais o nosso espetáculo»,

[Ver o jogo fora do banco é diferente?] «Não é a mesma coisa estar cá em cima. O lado positivo é que a visão é mais forte e mais correta daquilo que se passa no jogo. Conseguimos ter uma capacidade de observação acima do plano da nossa zona técnica, o que permite tomar melhores decisões. Por exemplo, a entrada do Bilel é determinante para estancar a força do Vizela, a parir daí estabilizámos novamente».

[Liga Europa] «O nosso foco não é esse, não vale a pena. A minha função é olhar para os jogadores e ver até onde podem crescer individualmente. A partir daqui sabemos que a equipa vai ser melhor coletivamente. Quando estamos focados nestes fatores nem sobra tempo para mais nada». 

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