Diogo Viana em entrevista: de Lagos às lágrimas em Alcochete

14 ago 2014, 11:13
Diogo Viana nos Sub-21 Portugal-Irlanda (LUSA/Paulo Novais)

Feliz em Barcelos, avançado atravessa melhor momento da carreira

Diogo Viana, extremo de 24 anos, parte para a segunda época ao serviço do Gil Vicente. Antiga promessa de Sporting e FC Porto, procura em Barcelos a rampa de lançamento que lhe permita alcançar novos voos. Voos para os quais já teve asas, mas não foi capaz de atingir a altitude desejada para chegar verdadeiramente a voar.

Entre Lagos, de onde é natural, e Barcelos a história do jogador do Gil Vicente mete uma troca com Hélder Postiga e a estreia com a camisola do FC Porto ainda com idade de júnior, com apenas 18 anos. Depois disso seguiu-se uma aventura pela Holanda e duas experiências no segundo escalão do futebol português.

O Maisfutebol
falou com o menino que chorava nos primeiros dias em que esteve na Academia do Sporting, em Alcochete, e que tem o sonho de jogar no campeonato inglês. Entre outros assuntos, Diogo Viana fala sobre a falta de aproveitamento dos jovens portugueses, a sua experiência no Sporting e no FC Porto, e ainda sobre o Gil Vicente.

«Sempre tive o sonho de ser jogador de futebol»


Comecemos pelo princípio e pelos primeiros pontapés na bola. Diogo Viana recorda que começou a jogar futebol por influência do pai. «Desde muito cedo tive o sonho de ser jogador de futebol, ainda era um miúdo, aos sete anos o meu pai pôs-me a jogar futebol, que era o que eu queria e o que gostava de fazer. Desde que me inseri no futebol, a jogar, a treinar, a competição, sempre tive o sonho de ser jogador de futebol», assume o atacante revelando o sonho de ser jogador profissional, cultivado desde tenra idade.

De entre uma família apaixonada por futebol, Diogo Viana é o parente bafejado com maior dose de talento. Pelo menos até agora; o pai jogou nos escalões secundários, nos juniores do Portimonense desponta o irmão do jogador do Gil Vicente: «O meu pai foi jogador, mas nada de profissional, chegou a jogar na II Divisão B, mas nada de muito sério. Tenho um irmão, João Viana, nos juniores do Portimonense, que tem muito potencial e pode vir a dar um grande jogador de futebol».

O salto maior da vida de Diogo Filipe Guerreiro Viana deu-se aos dez anos, quando um grande de Lisboa, o Sporting, o levou para a capital em busca do sonho da bola. «Tudo começou no Esperança de Lagos, depois fui para o Sporting com dez anos, onde estive sete anos. Ao princípio foi muito difícil: tinha apenas dez anos, era o menino da mamã e foi doloroso, lembro-me de chorar nos primeiros dias. Mas depois começamos todos a apoiar-nos uns aos outros, eramos cinquenta na Academia e eles passaram a ser a minha família», conta ao nosso jornal.

«Jogar na Holanda foi uma das melhores experiências da minha vida»


O potencial demonstrado nas camadas jovens foi enorme, ao ponto de se transferir para o FC Porto ainda com idade de júnior. Internacional pelas seleções jovens de Portugal, foi nos três anos em que esteve ligado aos azuis e brancos que a sua carreira teve maior efervescência.

Nesse período representou durante época e meia o Venlo, da Holanda. Uma experiência enriquecedora: «Foi uma experiência bastante boa, na primeira época fizemos um bom campeonato e eu fiz bastantes jogos. Tanto que no ano seguinte, depois de fazer a pré-época com o mister Vilas Boas, o clube holandês quis-me novamente por empréstimo. Era um clube que apostava muito em mim, e foi uma experiência muito boa. Infelizmente no segundo ano tive uma lesão. Foi sem dúvida uma das melhores experiências da minha vida».

Depois da Holanda seguiram-se duas passagens pela II Liga, no D. Aves e no Penafiel, até que o Gil Vicente lhe abriu novamente as portas da primeira divisão. Diogo Viana considera que atravessa atualmente o melhor momento da carreira: «Estatisticamente fiz uma grande época no ano passado, bem ou mal, o Gil Vicente conseguiu o seu principal objetivo, que era ficar na I Liga. Estou muito feliz, é o melhor momento da minha carreira. O ano passado e o primeiro ano na Holanda terão sido os principais picos da minha carreira».

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