FC Porto-Rio Ave, 0-0 (destaques)

Samuel Santos , Estádio do Dragão, Porto
3 fev, 23:01

A muralha liderada por Jhonatan e Aderllan Santos agravou a frustração portista

A FIGURA: Jhonatan

O guardião do Rio Ave foi o expoente da organização e segurança defensiva. Numa partida em que a estratégia passou por abdicar da iniciativa de jogo, o brasileiro voltou a manter a sua baliza a «zeros». Foi, por variados momentos, o principal motivo de frustração dos azuis e brancos, ora travando cruzamentos e remates, ora retardando os pontapés de baliza. Assim, Jhonatan continua a ser um pilar na época do Rio Ave. Um ponto no Dragão poderá revelar-se decisivo no final da época.

O MOMENTO: o princípio da frustração

Corria o décimo minuto quando, de recarga, Galeno confirmou o domínio do FC Porto. Parecia aberto o marcador, rumo a uma goleada, ou, pelo menos, a um triunfo confortável. Todavia, o fora de jogo assinalado, por quatro centímetros, foi um marco na frustração azul e branca, num momento em que um penálti já havia sido revertido. Aos 40m, Evanilson também fez golo, mas a festa foi, de novo, contrariada por fora de jogo.

Paulatinamente, o FC Porto tornou-se ansioso, até atingir o patamar do desespero, com a «chuva» de remates e cruzamentos, em jogadas desprovidas de discernimento. Quando o domínio não se reflete em golos, a paciências dos «favoritos» é testada.

OUTROS DESTAQUES

Evanilson: a viver uma fase prolífera da época, o avançado continua produzir, ora na distribuição, como na finalização. Recuado a «falso nove», o brasileiro surge em zona de finalização, mas também convida à criatividade de Pepê, Galeno e Francisco Conceição. Ainda assim, Evanilson foi desaparecendo do jogo à medida em que a paciência dos dragões se esgotou. O avançado deixou de ser referência nos minutos finais, quando a estratégia passava, somente, por instalar a equipa na área contrária e rematar à mínima oportunidade. Uma noite de pólvora seca para Evanilson, várias vezes negado por Jhonatan, e com um golo anulado aos 40m, por fora de jogo.

Francisco Conceição: o «baixinho» segue titular indiscutível entre os dragões, continuando a convencer o tribunal do Dragão. Sempre rápido e criativo, nomeadamente pela direita, instalou, por vezes, o caos na defesa contrária. Contudo, a pressão exercida pelo Rio Ave também «secou» as arrancadas do internacional sub-21. É um nome unânime para o «onze», mas esta noite não encontrou meio de derrubar o muro vilacondense, patrocinado por Aderllan Santos e Jhonatan.

Aderllan Santos: à semelhança de Jhonatan, o defesa liderou os colegas para uma exibição de coesão irrepreensível. O central escreveu lições sobre esperar pelo momento certo para intercetar o esférico, ou frustrar as insistências contrárias. Nem sempre consensual, e nem sempre no melhor plano, Aderllan voltou a provar sua a importância no conjunto de Luís Freire.

Pepe: a poucas semanas de completar 41 anos, o capitão do FC Porto teve uma noite «sossegada» em termos defensivos. Já que Fábio Cardoso apostava nas laterais, Pepe avançava com o esférico, instalava-se na área contrária sempre que possível e ajudava ao ataque. A disponibilidade física do central é impressionante e merece ser salientada a cada jogo, mesmo que não seja novidade. Será, por certo, invejável.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados