Boavista-Sporting, 0-3 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Bessa, Porto
25 abr 2022, 22:27

Leão ainda dá luta

O Sporting lambeu as feridas das duas derrotas seguidas e triunfou no Bessa por 3-0.

O campeão nacional fez, no fundo, o que lhe competia.

Apesar de o título soar quase a utopia, os leões continuam a dar luta e encurtaram para seis a diferença para o FC Porto (derrotado em Braga). Ao mesmo tempo, ficam a um ponto de assegurar maticamente a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.

 

Pese a vitória, o Sporting pareceu um pouco desconfiado de si mesmo até ao golo de Matheus Nunes, ao minuto 37, ter tranquilizado a equipa e aplicado um golpe duro aos axadrezados.

 

Sem Paulinho por castigo e Slimani por opção, Amorim recorreu a um ataque mais móvel que o habitual com Sarabia, Pedro Gonçalves e Edwards. Foi, no entanto, preciso esperar 24 minutos para ver a primeira ocasião de golo dos verde e brancos. O que Bracali deu a Pedro Gonçalves, tirou-lhe logo de seguida com uma excelente defesa.  

 

Por sua vez, o Boavista agarrou-se à solidez defensiva, à boa organização – marca registada da era Petit – e aos contra-ataques para assustar o adversário. Numa dessas ocasiões, Neto travou o remate de De Santis. É verdade que a pantera não incomodou Adán, mas empolgou as bancadas com as iniciativas de Gorré pela esquerda (bela primeira parte) e foi incomodando. 

À segunda ocasião, apareceu o golo de Matheus Nunes. Um golo com nota artística, diga-se. Depois de Porozo, que parecia ter o cruzamento de Nuno Santos controlado, ter errado o corte, Pedro Gonçalves tocou de calcanhar para o remate certeiro do internacional português.

O Sporting libertou-se, quiçá até mais no aspeto mental, e logo de seguida viu Bracali negar um golaço a Sarabia. O 2-0 seria, de resto, um castigo demasiado severo para o Boavista.

 

 

O campeão nacional entrou diferente na segunda parte. Com uma circulação mais fluída, melhor ocupação dos espaços no meio-campo adversário e outra capacidade para criar situações de golo. Embora o leão tenha melhorado com o intervalo, foi o Boavista quem esteve perto de marcar – Makouta atirou pertíssimo da baliza de Adán.

 

Quaisquer intenções dos axadrezados em reentrar na discussão do encontro esfumaram-se volvidos dois minutos. Infelicidade pura de Abascal. O argentino desviou o cruzamento de Edwards, a bola fez um efeito tremendo e entrou na baliza de Bracali.

 

O 2-0 colocou um ponto final no jogo. Depois de ter trocado Matheus Nunes por Ugarte, Ruben Amorim deu sinal à equipa e introduziu em jogo Tabata, Vinagre, Feddal e Bragança. Apesar das alterações, o Sporting enviou uma bola à trave por Palhinha e chegou ao 3-0 por Tabata, de penálti.

É verdade que até final podia ter surgido mais um golo para cada lado, mas a justiça do resultado não merece discussão.

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