Belenenses-Moreirense, 2-0 (crónica)

21 set 2015, 20:16

Acabou em festa e sem luz a semana mais longa dos «azuis»

Terminou em festa uma das mais longas semanas deste novo Belenenses europeu que, num espaço de dez dias, experimentou todos os resultados possíveis, deixando para trás a pesada derrota na Luz (0-6), da ronda anterior, o empate na estreia europeia, na Polónia diante do Lech Poznan (0-0), para fechar este ciclo com a primeira vitória na Liga diante do Moreirense (2-0). Uma vitória desenhada com dois golos na primeira parte e uma boa gestão na segunda que terminou com um blackout
que adiou o final do jogo por dezasseis minutos.
 
Confira a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores

 
Uma vitória categórica, sob a batuta de um inspirado Carlos Martins, autor de duas assistências e ainda de uma grande penalidade defendida por Stefanovic. O Belenenses entrou em campo personalizado, sem acusar o esforço da viagem à Polónia a meio da semana, com o número 22 do Restelo a comandar as tropas e a servir com requinte uma frente de ataque alargada, com Kuca e Miguel Rosa bem abertos nos flancos e Luís Leal ao centro. O Moreirense também se apresentou num 4x3x3, mas sem conseguir apresentar a mesma dinâmica do adversário, com Iuri Medeiros a tentar levar a equipa para a frente, mas com poucos apoios.
 
O Belenenses procurou assumir as rédeas do jogo desde o primeiro apito de Duarte Gomes, apesar do forte congestionamento a meio do campo, conseguindo improvisar espaços na defesa de Moreira de Cónegos, com rápidas combinações na laterais, com Geraldes e Filipe Ferreira a subirem bem pelas alas. O Moreirense procurou furar pela zona central, com um Cardozo muito voluntarioso, mas sem grande sucesso, com André Sousa e Rúben Pinto bem coordenados à frente da defesa a servirem de tampão.

Confira os destaques do jogo

 
Não foi preciso esperar muito pelo primeiro golo que surgiu de uma combinação entre Rúben Pinto e Carlos Martins, com este último a levantar a bola para a área. A defesa do Moreirense não conseguiu afastar e Luís Leal apareceu, com espaço, para visar a baliza de Stefanovic. O Moreirense procurou reagir de imediato, fazendo subir as suas linhas, deixando muitos espaços nas suas costas. Iuri Medeiros, depois de uma combinação com Cardozo, ainda ameaçou o empate [boa defesa de Ventura] e, logo a seguir, o Belenenses voltou a marcar. Ataque rápido com Carlos Martins, à entrada da área, a levantar a bola, com um toque caprichoso, para a entrada de Miguel Rosa que atira de primeira a contar.
 
Cardozo podia ter reduzido depois de uma perda de bola de Tonel, mas Miguel Leal não estava definitivamente satisfeito com o desempenho da sua equipa, prova disso é que fez duas alterações de uma assentada com pouco mais de trinta minutos de jogo, lançando Fati para o lado direito do ataque, fixando Iuri Medeiros na esquerda, e João Palhinha para a zona central. Ainda sem tempo para o Moreirense se adaptar ao novo desenho, Luís Leal entrou com tudo na área e foi derrubado por Sagna. Na marcação do castigo máximo, Carlos Martins atirou forte, mas Stefanovic defendeu com estilo, adiando a sentença do jogo.
 
O Moreirense acabou por equilibrar a contenda, mas precisava de fazer mais do que isso para anular a diferença no marcador. Até ao intervalo, Carlos Martins continuou a brilhar e quase surpreendeu Stefanovic com um chapéu que passou a rasar a barra, mas Battaglia também esteve perto do golo, num livre direto que arrancou tinta do poste da baliza de Ventura.

Carro desgovernado até ao blackout

 
A segunda parte começou com o Moreirense a carregar no acelerador e o Belenenses no travão para um jogo aos solavancos, mas com a equipa da casa com maior controlo sobre o volante. Os visitantes arriscavam mais, mas a verdade é que só conseguiam criar perigo em lances de bola parada, com destaque para dois livres de Iuri Medeiros. A equipa da casa ia gerindo a vantagem, procurando quebrar o ímpeto do adversário e procurando o terceiro golo para acabar com as dúvidas. Sá Pinto também geria, tirando Carlos Martins, que saiu sobre estrondosa salva de palmas, para lançar Sturgeon que entrou bem no jogo, com dois remates nas primeiras vezes que tocou na bola.
 
Com Cardozo com cada vez menos gasolina e um Belenenses de gestão, com Ricardo Dias também a entrar para o lugar do desgastado André Sousa, o jogo arrastou-se até ao minuto 84 sem muito mais para contar.

Dissemos 84 porque foi nesse minuto que desligaram-se dois holofotes que deixaram o Restelo à média luz. Ainda havia luz do dia, mas Duarte Gomes entendeu interromper o jogo. Foram precisos dezasseis minutos para os holofotes voltarem a iluminar o tapete do jogo e para as equipas terminarem o jogo, sempre com o Belenenses por cima.

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