Benfica-FC Porto, 1-0 (destaques das águias)

David Marques , Estádio da Luz, Lisboa
29 set 2023, 22:37
Di María fez o 1-0 no Benfica-FC Porto (José Sena Goulão/Lusa)

Ángel dos grandes momentos

A FIGURA: DI MARÍA

Depois de ter falhado o jogo de Portimão, voltou à equipa no clássico desta sexta-feira. Apesar de dois remates por cima, teve uma primeira parte discreta, mas cresceu, tal como toda a equipa do Benfica, na segunda parte. Aos 56 minutos tirou um cruzamento perfeito para Neres, que resolveu complicar em vez de tentar a finalização de primeira só com Diogo Costa pela frente. Aos 68 minutos fez o 1-0 num remate que desviou em Wendell e enganou o guarda-redes dos azuis e brancos. Leva dois golos em dois clássicos em 2023/24 e, aos 35 anos, continua a mostrar que é um homem dos grandes momentos. E isso só está ao alcance dos eleitos.

O MOMENTO: golo de Di María. MINUTO 68

Depois de uma primeira parte em que foi dominada (com 11 contra 11) e controlada (com 11 contra dez) pelo FC Porto, o Benfica regressou dos balneários com outra postura. Mais agressivo na reação à perda e a circular a bola com mais velocidade e acerto. Aos 68 minutos, um cruzamento rasteiro de Neres chegou até ao argentino, que disparou de pé esquerdo para o golo que decidiu o clássico.

OUTROS DESTAQUES

João Neves: o algarvio passou as passas do Algarve na primeira parte. O FC Porto chegava a dobrar um número de unidades que caiam no raio de ação que dividiu com Kökcü. A abnegação não faltou, mas com bola faltou-lhe o critério habitual. Na segunda parte encheu o meio-campo das águias, aparecendo sempre onde fazia falta, quer nas coberturas, quer nas movimentações para dar soluções de passe e impondo-se nos duelos no chão e até pelo ar. A prova de que os grandes jogadores não se medem aos palmos.

Kökcü: o crescimento do Benfica na segunda parte passou muito por ele. Assumiu a batuta no meio-campo, com variações de flanco que ajudaram a dar velocidade ao jogo e a destapar a manta de um FC Porto em inferioridade numérica. Minutos antes do 1-0, atirou ao poste da baliza de Diogo Costa e na jogada do golo teve uma ação decisiva, com uma excelente abertura de flanco.

Trubin: à meia-hora de jogo, teve uma saída corajosa aos pés de Taremi, tocando na bola com a luva esquerda quando o iraniano do FC Porto se preparava para o contornar. Depois, pouco antes do apito de João Pinheiro para o intervalo, teve de aplicar-se para negar um golaço a Pepê num remate de meia-distância. Praticamente não teve trabalho na segunda parte, mas quando foi chamado a intervir, na abordagem a bolas paradas, mostrou foco e mãos firmes. Fez talvez o jogo mais seguro desde que assumiu a baliza do Benfica.

Neres: foi a surpresa no onze do Benfica, surgindo no lugar habitualmente ocupado por João Mário. Na primeira parte não esteve particularmente feliz no um para um, mas ainda assim esteve ligado aos poucos bons momentos da equipa de Roger Schmidt durante esse período. Foi ele que esteve na jogada que originou a expulsão de Fábio Cardoso e aos 33 minutos tirou um cruzamento desviado que Diogo Costa teve dificuldades em travar. Melhorou na segunda parte e teve o golo nos pés: primeiro, no esquerdo, depois no direito, sempre na mesma jogada, mas permitiu a defesa de Diogo Costa quando se pedia uma finalização de primeira. Por essa altura, ainda estava 0-0, mas Neres redimiu-se pouco depois ao arrancar o cruzamento para o golo de Ángel Di María. Foi substituídos aos 86 minutos e a Luz fez nova vénia ao som de «Neeeeres, Neeeeeeeres…».

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