Desp. Chaves-Marítimo, 0-0 (crónica)

26 nov 2016, 14:07

Ataques desinspirados não saem do nulo

Jogo com poucos motivos de interesse e que nem golos teve. O Chaves viu-se reduzido a dez unidades durante praticamente toda a segunda parte. Os madeirenses ainda atiraram ao poste mas não tiraram proveito dessa vantagem numérica.

As duas equipas continuam separadas por um ponto, com vantagem para os flavienses, mas Chaves e Marítimo têm sexto e oitavo lugares em risco depois de se anularem em Trás-os-Montes.

Em equipa que ganha não se mexe e Jorge Simão manteve praticamente o onze que eliminou o FC Porto na Taça de Portugal. Curiosamente, a única alteração foi na baliza, com o ‘herói da taça’ António Filipe a sair para dar lugar ao habitual titular Ricardo.

Já Daniel Ramos, face à derrota para a Taça frente ao Benfica, mudou três peças no onze, lançando Raul no centro da defesa e Éber Bessa e Brito no ataque.

FILME E FICHA DE JOGO

O primeiro sinal de perigo surgiu por parte dos madeirenses, num livre descaído pela esquerda, batido por Éber Bessa, que encontrou Erdem, mas o turco desperdiçou em boa posição. Respondeu o Chaves ao minuto oito, também de bola parada, com Freire a aparecer solto e em jogo na área, mas o central dos flavienses não conseguiu segurar o esférico.

Com duas táticas semelhantes, as equipas anularam-se em demasia, tornando o jogo pouco atrativo. Um dos momentos altos do encontro aconteceu aos 24 minutos. Após livre de Nélson Lenho perto da área pelo lado direito, Battaglia desviou para o fundo das redes, mas viu o golo ser anulado por fora-de-jogo.

É verdade que os flavienses dominavam a partida, mas a maior posse de bola e proximidade da baliza adversária não teve efeitos práticos. Do outro lado, em cima do descanso, os madeirenses estiveram perto de marcar, mais uma vez por Erdem, após um canto que lhe foi parar novamente aos pés, mas o médio continuava sem afinar a pontaria.

Se o jogo estava morno, Fábio Martins tratou de o agitar no início da segunda parte. Num minuto, acabou fora do jogo ao ver dois amarelos. Primeiro fez uma falta no meio campo defensivo, sendo admoestado.  No seguimento, Braga lança o extremo, com este a levar a bola em contra-ataque até à área contrária e servir Perdigão. Este tentou devolver e Fábio Martins, de costas para a baliza, atirou-se para o chão. Segundo amarelo e expulsão para o atacante.

Jorge Simão mexeu de imediato, lançando Fall em campo e retirando o extremo que sobrava, Perdigão, mas Daniel Ramos também reagiu ao colocar Baba para o lugar de Éber Bessa e mais tarde Eskerdinha, abdicando de um médio mais defensivo.

Rapidamente os madeirenses trataram de assumir a posse de bola e dominar o encontro, algo que até então ainda não tinham feito e aos 62 minutos surgiu a grande oportunidade do encontro. Brito encontrou espaço na grande área e bateu Ricardo, mas não o poste, que devolveu a bola.

Do outro lado reagia o Chaves como podia, com Assis a disparar no minuto seguinte muito perto da barra.

Com pouco mais para fazer do que serenar a partida e evitar males maiores, os flavienses organizaram-se defensivamente evitando as vagas de ataque do Marítimo, mas nunca deixaram de espreitar o contra-ataque. 

Aos 81 minutos Patrão ganhou uma bola à entrada da área e disparou com perigo mas às malhas laterais. Depois, aos 88 minutos, a grande oportunidade de golo para os flavienses, com Paulinho a recuperar uma bola, percorrer quase todo o campo e a tentar o chapéu a Gottardi, mas a sair ao lado. Era um golo para mais tarde recordar… mas não entrou.

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