Estoril-FC Porto, 2-2 (destaques)

9 nov 2014, 22:42
Estoril vs FC. Porto (LUSA)

Tozé, pelo lado sentimental

A figura: Tozé

Incontornável. Por tudo. Começou na frente do ataque, o que, só de olhar para o campo, causou estranheza pela diferença de estatura em relação a Maicon e Indi. Mas a ideia de Couceiro ia resultar em pleno. O treinador tinha dito que Tozé ia para o jogo e acabou com dúvidas sobre a possibilidade de o médio atuar frente ao clube que o cedeu ao Estoril. Ora, mais um dado: jogou no lugar de Kléber, outro dragão emprestado. Muitas vezes, a luta de Tozé pareceu inglória. Um pequeno homem entre duas montanhas. Mas ele nunca desistiu e o melhor exemplo disso foi a fé que teve em chegar à bola que originou o penálti. Ele próprio ia marcar, perante toda uma bancada afeta ao FC Porto. Ergueu-lhes as mãos a pedir desculpa.
 
O momento: minuto 90

O FC Porto perdia e a invencibilidade na Liga estava a segundos de terminar. Mas a última aposta de Lopetegui salvou a equipa: Oliver estava em campo e teve a calma suficiente para bater Kieszek, quase no último suspiro.
 
Outros destaques

 
Kuca

Muita velocidade, com uma condução de bola apreciável e, na maioria das vezes, com boas decisões. Couceiro apostou na rapidez na frente de ataque, e o extremo-esquerdo foi aquele que melhor interpretou a ideia: Danilo ficou para trás algumas vezes, com Kuca a ir para espaço interior. Depois, marcou o 1-1. Um golo no coração da área, instantes depois de lá ter estado para falhar (carregado em falta?) uma oportunidade. Depois, fez um jogo em cheio. Percebeu os momentos todos da partida e só não é figura pela carga sentimental que Tozé tem no jogo.
 
Esiti e Yohan Tavares

Tremenda luta dada pelo médio mais recuado do Estoril. Usou o corpo quando foi preciso, mas também teve boa leitura de jogo. Com a bola nos pés dificultou uma ou outra vez a vida, mas depois percebeu-o e começou a jogar bem mais simples. Quanto ao central, foi um jogo de menos a mais. Não começou bem, provavelmente pela surpresa tática do FC Porto, mas depois acertou e não deu qualquer hipótese aos avançados do FC Porto.
 
Brahimi

O argelino encontra sítios para passar onde parece impossível, como aconteceu mais uma vez, nesta noite, na Amoreira. Brahimi foi outra vez um fantasista colado à lateral. Na primeira vez que recebeu em condições de um para um, deixou Anderson Luís para trás, ao passar entre o defesa e a linha de fundo. Depois, saiu-lhe outro estorilista ao caminho, mas também esse foi ultrapassado com um toque para a direita. O remate desviou noutro defesa, mas já levava selo de golo. O 1-0 foi outra obra fantástica do argelino que na ocasião seguinte em que recebeu a bola tinha…três homens do Estoril à espera para ver o que ia fazer. Ora, Brahimi é um mágico, não é milagreiro. Dele pode esperar-se sempre um lance como aquele, mesmo num dia menos bom, com este domingo.
 
Jackson

A qualidade do jogo de Jackson mede-se, sobretudo, em golos. Mas ela não termina aí. O colombiano lutou imenso na frente de ataque portista e foi muitas vezes ele que ofereceu condições aos colegas para que estres chegassem mais à frente, lhe devolvessem a bola de modo a que ele possa fazer o que tão bem e habitualmente faz. Jackson não marcou, mas nunca baixou os braços.
 
Adrián

Aposta para a Amoreira…falhada. O espanhol só por uma vez apareceu realmente no jogo, ao desperdiçar a primeira oportunidade da partida. Lopetegui colocou-o na frente com Jackson, mas Adrián baixava mais vezes do que o colombiano. Nunca foi grande solução, primeiro porque o Estoril esteve atento, depois porque o ex-Atl. Madrid nunca consegui realmente fazer alguma coisa. Foi o primeiro a sair, ao mesmo tempo que Casemiro.

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