Académica-V. Guimarães, 0-0 (crónica)

4 mai 2014, 19:56
V. Guimarães-Académica

Futebol de fim de estação

Em dia da mãe, a Académica foi madrasta para o V. Guimarães e aumentou para 10 o número de jogos consecutivos dos minhotos sem ganhar. A despedida dos adeptos da Briosa por esta época não foi, também, a melhor, pois, para quem tinha como objetivo ficar pelo menos no oitavo lugar, este empate só veio comprometer.

O jogo valeu essencialmente pela primeira parte, que até teve alguns pontos de interesse, já a segunda metade do jogo foi feita mais de transpiração do que de inspiração, o que se compreende, nesta fase da época, e num jogo entre equipas tranquilas. Os de Coimbra, convém também não esquecer, já não ganham há quatro jogos seguidos.

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Sérgio Conceição voltou a surpreender no onze inicial. Com apenas dois centrais disponíveis, preferiu recuar Fernando Alexandre, mantendo Nuno Piloto no meio-campo, e assim abrindo uma vaga para o regresso de Cleyton. Também trocou de ponta-de-lança: Magique surgiu no lugar de Rafael Lopes.

Já Rui Vitória foi mais fiel a uma ideia de continuidade, mas dispensou Leonel Olímpio, Assis e Josué para a equipa B, como era esperado. As «dispensas», todavia, não foram significativas, bem vistas as coisas.

Apesar do calor e de se tratar de um duelo do meio da tabela, o jogo teve alguns bons momentos, com ambas as equipas a procurarem a vitória perante uma boa e vibrante assistência, fruto das entradas gratuitas.

Começou melhor a Académica, com duas «bombas» de Marcelo, a primeira delas ao poste, mas Ricardo também teve de se aplicar perante Malonga, quando este surgiu solto à entrada da área. Valha a verdade que também não houve muito mais para contar da primeira parte.

Valeu, sobretudo, o lado competitivo do jogo, com entrega de ambos os lados e cada lance a ser disputado com grande afinco. Mais bola para a Briosa, com os vimaranenses sempre prontos para partir em contra-ataque. Um jogo entretido, como diria Quinito.

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Pena é que esta predisposição tenha ficado nos balneários ao intervalo. Os vimaranenses até podiam ter marcado, novamente por Malonga, mas Real opôs-se ao remate vitorioso, depois de ter perdido a bola em zona proibida. O deslize do central foi apenas o primeiro de uma série de lances em que faltou alguma concentração aos da casa.

O jogo foi perdendo qualidade, as jogadas de perigo praticamente não se viram, e, ai sim, começou a notar-se que este era, de facto, um jogo de fim de estação. A Académica ainda fez um último esforço, uma espécie de canto do cisne, mas valha a verdade que, na segunda parte, foi o Vitória que esteve melhor, com mais circulação de bola, e uma oportunidade de Malonga que poderia ter ditado outro resultado. 

Nota final para a estreia de mais um jovem da equipa B vitoriana, desta feita foi João Pedro.   


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