O «milagre boavisteiro» também passa pela inspiração de referências recentes. Uma delas ainda está no ativo e tem influência especial
Completou 40 anos na véspera de natalÉ certo que ainda só foi utilizado por 11 minutos (entrou aos 79 do encontro com o Gil Vicente, a 28 de setembro, vitória 3-2 dos axadrezados).
Mas Fary Faye, avançado senegalês e capitão do Boavista, é o líder e a referência inspiradora para um plantel globalmente jovem e inexperiente.
Teve os seus tempos áureos há pouco mais de uma década, nos anos no Beira-Mar e na primeira passagem pelo Boavista.
Luís Castro Martins, em perfil sobre Fary assinado em unidade curricular de mestrado de Jornalismo na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa, aponta: «Fary é um adepto que pode entrar em campo, é alguém que defende as cores do Boavista como defende a sua própria pele. Um amor que não sabe explicar e que surgiu mesmo antes de entrar no reino da Pantera. Um “líder nato” que prima pela boa disposição e que tem em Deus e na mãe os seus maiores pilares. O avançado que tem como ídolo Platini e que marcou um “golo partindo a perna” acaba este ano a carreira e ficará com certeza nas melhores páginas do futebol português.»
Nesse trabalho, Fary conta a Luís Castro Martins: «Fui o melhor marcador em 2002/03 sem nenhum penálti marcado. Ainda por cima, eu fui suspenso por mostrar a minha camisola, que tinha o nome do profeta que eu sigo, o Profeta Bamba, e o Simão mostrou uma camisola com a Mariana ao peito, que era a filha dele. Eu fui suspenso e o Simão não. E no fim, Deus pagou. Por causa daquela suspensão que me puseram é que ganhei o título de melhor marcador. Ficámos com os mesmos golos e ganhei porque joguei menos minutos que ele
No banco suplementar, mais perto da equipa
O ascendente de Fary
Além do jogo com o Gil Vicente para a Liga, em que entrou aos 79 minutos, Fary teve também uma outra utilização esta época: 18 minutos como suplente utilizado, para a Taça da Liga.