Figo substituído na sua primeira final da Liga dos Campeões Foi uma grande final, com muito mérito para o Bayer Leverkusen. Mas um golo fabuloso de Zizou decidiu tudo...
O Real Madrid conquistou esta quarta-feira a nona Taça dos Campeões do seu historial, vencendo o Bayer Leverkusen por 2-1. A noite de consagração de Figo e Zidane (que consquistaram pela primeira vez o troféu) ficou marcada pela grande oposição dos alemães, que proporcionou uma das finais mais emotivas e espectaculares dos últimos anos.
Depois de um início fulgurante, de parte a parte - dois golos no primeiro quarto de hora, com o brasileiro Lúcio a responder, de cabeça, ao tento de abertura conseguido pelo inevitável Raúl - foi o Bayer Leverkusen a assumir a iniciativa, dominando as operações, perante um Real que, sufocado no seu próprio meio-campo, não conseguiu fazer chegar jogo aos artistas da frente.
Foram alemãs as melhores oportunidades até ao intervalo, mas quando há artistas do calibre de Roberto Carlos, Figo, Zidane ou Raúl, o jogo pode virar de um momento para o outro. Foi o que aconteceu no último minuto do primeiro tempo, quando um até aí discreto Zidane conseguiu um golo de sonho, rematando à meia-volta, com o pé esquerdo, um cruzamento de Roberto Carlos.
Se o resultado era, até aí, algo injusto, a segunda parte do Real acabou por torná-lo merecido: mais compactos, mais dinâmicos, os merengues assumiram o controlo dos acontecimentos, protegendo a sua área como não o haviam feito até aí. Já sem Figo (ainda à procura da melhor forma), os merengues poderiam ter resolvido o jogo em várias ocasiões, mas sofreram a bom sofrer nos últimos minutos, quando os alemães tentaram uma reacção desesperada.
O guarda-redes suplente Iker Casillas, que havia entrado para o lugar do lesionado César, tornou-se então o inesperado herói do jogo, com uma sucessão de três defesas quase impossíveis, negando o empate a Basturk e Berbatov (este por duas vezes). O Real salva assim a época do Centenário, depois de ter perdido campeonato e Taça, enquanto o Bayer Leverkusen - grande equipa! - chega ao fim da temporada sem conquistar qualquer troféu, apesar da grande qualidade de jogo exibida.
Estádio de Hampden Park, em Glasgow
Árbitro: Urs Meier (Suíça).
REAL MADRID: César (Casillas, 68 m); Michel Salgado, Hierro, Helguera e Roberto Carlos; Makekele (Flávio Conceição, 73 m); Figo (McManaman, 61 m), Zidane e Solari; Raul e Morientes. Suplentes: Guti, Karanka, Munitis e Pavon.
Treinador: Vicente Del Bosque.
BAYER LEVERKUSEN: Butt; Zivkovic, Lúcio (Babic, 88 m) e Ramelow; Sebescen (Kirsten, 65 m), Schneider, Basturk, Ballack e Placente; Brdaric (Berbatov, 36 m) e Neuville. Suplentes: Juric, Vranjes, Dzaka e Kleine.
Treinador: Claus Topmöller.
Ao intervalo: 1-2
Marcadores: 0-1: Raúl (7 m); 1-1: Lúcio (14 m); 1-2: Zidane (44 m)
