Há novos partidos a conseguirem valores máximos nesta sondagem diária CNN/TVI
A três dias das eleições, a intenção de voto no PS e no PSD parece ter estabilizado na tracking poll da CNN. Nos últimos três dias, os resultados dos dois maiores partidos têm subido ou descido pequenas décimas. Esta quinta-feira, o PSD encurta a distância para o PS em 0,3 pontos percentuais.
Os socialistas estão nos 36,7%, os sociais-democratas 5,4 pontos percentuais atrás, nos 31,3. Há uma semana que os dois partidos estão em empate técnico nesta sondagem diária, mas entretanto o PSD já esteve à frente do PS e entretanto o partido de António Costa conseguiu voltar a dar a volta e segurar o primeiro lugar.
Um novo 3.º lugar e um vento comunista
Pela primeira vez, a terceira posição não é ocupada pelo Chega nem partilhada pelo partido de extrema-direita. O Bloco de Esquerda, apesar de ter perdido algumas décimas na pontuação em relação ao dia anterior, é a terceira força política com 6,1%. Logo atrás está a CDU, com 5,7%, sendo a protagonista da maior subida diária deste inquérito com uma valorização de 1,5 pontos percentuais. Ainda é cedo para perceber se esta variação resulta do regressso nesta quarta-feira de Jerónimo de Sousa à campanha, uma vez que apenas um quarto da amostra desta tracking poll é renovada diariamente.
O Chega fica atrás do Bloco e da CDU com 5,1%, tendo descido 1,6 pontos percentuais, a maior descida em relação ao dia anterior.A Iniciativa Liberal subiu 0,5 pontos percentuais, está agora nos 4,3%, e o CDS consegue, pelo segundo dia consecutivo, um novo recorde de votação desde o início desta sondagem diária. Situa-se nos 2,1%.
O Livre sobe dois pontos percentuais e consegue também uma nova marca para o partido de Rui Tavares, 1,8%. O PAN mantém-se longe do seu melhor resultado, atingido há uma semana, e mantém-se com 1% das intenções de voto.
Os indecisos
Com o aproximar da data das eleições, os eleitores começam a tomar uma decisão sobre o partido em que vão votar. Se olharmos para os resultados da sondagem diária CNN/TVI sem a distribuição proporcional dos indecisos, podemos notar uma tendência decrescente há cinco dias consecutivos.
Se durante a maior parte destas duas semanas, cerca de um quinto dos inquiridos não tinha decidido em quem votar, neste momento já são apenas 15,8%.
Sondagem diária
PS | PSD | CDS-PP | CDU | BE | |
dia 13 | 38,9% | 29,7% | 1,7% | 4,6% | 6,2% |
dia 14 | 38,8% | 29,3% | 1,3% | 4,6% | 6,8% |
dia 15 | 39,6% | 29,6% | 0,9% | 5,1% | 6% |
dia 16 | 40,1% | 28,8% | 0,6% | 5,9% | 5,9% |
dia 17 | 39,8% | 30,4% | 1,3% | 5,8% | 4,5% |
dia 18 | 38,7% | 30,4% | 1,1% | 5,3% | 5,1% |
dia 19 | 36,5% | 32,9% | 1% | 5% | 5% |
dia 20 | 34,6% | 33,5% | 1,2% | 4,5% | 4,9% |
dia 21 | 33,5% | 34,5% | 0,8% | 4,7% | 5,7% |
dia 22 | 34,01% | 33,5% | 0,8% | 5,1% | 5,5% |
dia 23 | 35,3% | 31,4% | 1,6% | 4,9% | 6,1% |
dia 24 | 36,7% | 31,4% | 1,4% | 4,3% | 5,7% |
dia 25 | 36,6% | 30,9% | 1,8% | 4,2% | 6,7% |
dia 26 | 36,7% | 31,3% | 2,1% | 5,7% | 6,1% |
PAN | Livre | Chega | IL | Outros | |
dia 13 | 2,1% | 1,2% | 6,9% | 5,4% | 3,3% |
dia 14 | 1,9% | 1,5% | 7,8% | 4,9% | 3,2% |
dia 15 | 1,7% | 1,5% | 8,1% | 4,7% | 3% |
dia 16 | 1,5% | 1,3% | 8% | 5% | 2,9% |
dia 17 | 1,7% | 1,5% | 7,5% | 4,3% | 3,2% |
dia 18 | 1,7% | 1,1% | 7,2% | 4,7% | 4,7% |
dia 19 | 1,9% | 1,5% | 6,3% | 5,2% | 4,8% |
dia 20 | 1,6% | 1,6% | 6,3% | 6,3% | 5,3% |
dia 21 | 1,6% | 1,2% | 6,5% | 5,7% | 5,9% |
dia 22 | 1,6% | 1,2% | 6,6% | 5,3% | 6,2% |
dia 23 | 1,6% | 0,8% | 6,9% | 4,7% | 6,5% |
dia 24 | 1,8% | 1,0% | 7,5% | 3,2% | 6,9% |
dia 25 | 1% | 1,6% | 6,7% | 3,8% | 6,7% |
dia 26 | 1% | 1,8% | 5,1% | 4,3% | 6,1% |
Ficha técnica
Durante 4 dias (23 a 26 de janeiro de 2022) foram recolhidas diariamente pela Pitagórica para a TVI e CNN Portugal uma sub-amostra de 152 entrevistas representativa do universo eleitoral português (não probabilístico) tendo por base os critérios de género, idade e região. O resultado do apuramento dos 4 últimos dias de trabalho de campo, implica uma amostra de 608 indivíduos que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±4,06. A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores identificados pelo relatório da ANACOM, sempre que necessário são selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).
O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha bem como a intenção de voto dos vários partidos. A percentagem de indecisos é de 15,8% que são distribuídos proporcionalmente. A taxa de resposta foi de 60,74% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa bem como todos os resultados foram disponibilizados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará oportunamente para consulta online.