Os próximos "Toto Wolff" que prenderam a atenção da Iniciativa Liberal

22 jan 2022, 01:32
Leonardo Braz e André Amaral

Surpreenderam Cotrim de Figueiredo durante a ação de campanha, em Setúbal, e sonham um dia chegar à Fórmula 1. "Toto Wolff é uma referência". A CNN Portugal falou com os jovens que estão a desenvolver um automóvel com as próprias mãos, no Instituto Politécnico.

Um, de Lisboa, sempre quis engenharia, o outro, da Costa da Caparica, só queria fugir aos exames mas, "como qualquer rapaz na altura", os carros sempre fizeram parte das brincadeiras de infância. Foi no Instituto Politécnico de Setúbal que se encontraram e, hoje, aguardam ansiosamente competir em Inglaterra através do Formula Student, concurso internacional de conceção, desenho e fabrico de um veículo Fórmula 1.

Durante a ação de campanha à instituição de ensino superior, o líder da Iniciativa Liberal não lhes ficou indiferente. Procurava conhecer trabalhos inovadores desenvolvidos pelos alunos e, para seu espanto, deparou-se com um modelo em construção de um automóvel de corrida. "Eu sou o líder da equipa que o criou", afirma André Amaral, 20 anos. A seu lado, Leonardo Braz, 24 anos, apresenta-se como diretor operacional da equipa, que é composta por 35 alunos das mais variadas áreas.

Cotrim de Figueiredo mostra-se atento, quer saber mais: "Há financiamento?" André explica: "O IPS está disposto a dar tudo aquilo que conseguir, desde a inscrição no concurso à cedência das oficinas e ferramentas". Um crowdfunding também é uma hipótese em cima da mesa.

Numa primeira fase, o objetivo passa por desenhar o projeto e competir em Inglaterra, ainda sem um carro. "Queremos ficar bem colocados, pelo menos no top 10", ambiciona André. "É um bocadinho difícil para uma equipa no primeiro ano, mas achamos que temos capacidades para isso". É no ano seguinte, em 2023, que o veículo será desenvolvido, e finalmente poderão regressar à competição "com um protótipo bem construído". Design, custo e marketing, são as áreas avaliadas no Formula Student.

"Se o carro começar a andar vai ser recompensador"

"É tudo por amor à causa", diz Leonardo, "não recebemos nada, até perdemos", André brinca, "perdemos sono". Dizem-se jovens comuns, com vida social, mas o certo é que dedicam várias horas ao projeto, talvez até demais. Para além das aulas, também trabalham como monitores no instituto, prestando auxílio aos professores nos laboratórios. "Um dia tem 24 horas, nós trabalhamos 27", diz André, garantindo que consegue conciliar tudo com muita organização. "É uma questão de gestão, mas também tenho o apoio da equipa", os seus amigos mais próximos. 

André é um líder nato, o próprio o assume com orgulho. Leonardo é o braço direito que descobriu neste trabalho a motivação que não encontrava. Agora, sente que "quem corre por gosto não cansa". "Se o carro começar a andar vai ser recompensador".

Questionados sobre o que se vêem a fazer daqui a uns anos, respondem em harmonia: Fórmula 1. "É basicamente uma continuação do que fazemos aqui", explica André. "É esse o meu objetivo para quando acabar o curso, tenho algumas perspetivas em aberto mas só o tempo dirá". O limite não é o céu, mas "uma vida como a de Toto Wolff", diretor da equipa de Fórmula 1 da Mercedes, e uma referência por sinal.

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